domingo, 30 de outubro de 2011

Também se aprende a Amar de joelhos

Um tema que está na moda, ou não... mas, pelo menos, dá que falar (ou que explicar quando as pessoas não estão devidamente apaixonadas).
Poucas são as coisas tão bonitas como ver alguém a rezar bem: a rezar de corpo e alma!
O Homem é espírito e material, é alma e corpo estas duas dimensões completam o ser humano: ou seja eu como Homem não posso ser só corpo, nem posso ser só alma. Assim é, também, na minha oração, tenho de o ser completo.
Rezo perante a grandeza de um Deus, rezar com o corpo não só é essencial para a minha concentração como é uma [bela] forma de adorar.
Não conheço nenhum santo que não tenha rezado de joelhos!
Deixar de se ajoelhar nas Igrejas é uma forma vil do relativismo religioso, de ser um católico insonsso.
O Texto abaixo é do Monsenhor Marco Agostini e vem muito a calhar:
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Vaticano, 16 Set. 10 / 02:12 pm (ACI)
O perito em liturgia e arte sacra, Monsenhor Marco Agostini, assegurou que ajoelhar-se na Missa é uma boa maneira de vencer a idolatria pois é uma resposta do homem à "Epifania de Cristo".
Mons. Agostini, oficial da segunda seção da secretaria de Estado e um dos mestres de cerimônia pontifícios, escreveu no jornal L'Osservatore Romano, que os formosos pavimentos de muitas igrejas antigas foram "feitos para os joelhos dos fiéis" como um "tapete perene de pedras" para a oração e a humildade.
"Hoje os genuflexórios desapareceram em muitas igrejas e se tende a remover os balaustres diante dos quais alguém podia se aproximar da comunhão de joelhos", sustenta o perito segundo uma tradução do texto divulgada pelo vaticanista Sandro Magister.
"Entretanto no Novo Testamento o gesto de ajoelhar-se apresenta cada vez que se apresenta a divindade de Cristo a alguém: pense-se por exemplo nos Magos, o cego de nascimento, a unção de Betânia, a Madalena no jardim na manhã dePáscoa", acrescenta Mons. Agostini.
O perito recorda que "Jesus mesmo disse a Satanás, que queria impor-lhe uma genuflexão equivocada, pois só a Deus se deve dobrar o joelho. Satanás pede ainda hoje que se escolha entre Deus ou o poder, Deus ou a riqueza, e trata ainda mais profundamente. Mas assim não se dará glória a Deus de maneira nenhuma; os joelhos se dobrarão para aqueles que o poder lhes favoreceu, para aqueles aos quais se tem o coração unido através de um ato".
"Voltar a ajoelhar-se na Missa é um bom exercício de treinamento para vencer a idolatria na vida, além de ser um dos modos da ‘actuosa participatio’ dos que fala o último Concílio. A prática é útil também para perceber a beleza dos pavimentos (ao menos dos antigos) de nossas igrejas. Frente a alguns dá vontade de tirar os sapatos como fez Moisés diante de Deus que lhe falava da sarça ardente", assinala.
Para Magister, "ajoelhar-se hoje –especialmente sobre o piso– caiu em desuso. Tanto é assim que suscita surpresa o desejo de Bento XVI de dar a comunhão aos fiéis na boca e de joelhos".
"Mas mais que de uma novidade, se trata de um retorno à tradição. As outras são o crucifixo ao centro do altar, ‘para que todos na missa olhem para Cristo e não para uns aos outros’, e o uso freqüente do latim ‘para sublinhar a universalidade da fé e a continuidade da Igreja’", explica Magister.
O vaticanista sustenta que "perdeu-se de vista também o sentido da pavimentação das igrejas. Tradicionalmente muitas delas foram ornamentadas precisamente para servir de fundamento e guia à grandeza e profundidade dos mistérios celebrados".
"Hoje poucos são os que advertem que pavimentos tão formosos e preciosos são feitos também para os joelhos dos fiéis: um tapete de pedra sobre o qual prostrar-se diante do esplendor da epifania divina", acrescenta.

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