Nestas férias, sem capacidades de ver TV perdi os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Assim, perdi o famoso espectáculo do dia de abertura, como a China não podia deixar de impressionar o ocidente mais parecia uma marcha bélica, também perdi o falso fogo de artificio, ou a menina do playback. Tudo aquilo que demonstra como esta nova superpotência é mais fraca que muitos analistas políticos fazem parecer.
Mas sobretudo, perdi uma lição, aquela lição que todos os portugueses recebem depois dos jogos olímpicos, porque é sempre a mesma coisa, as expectativas muito altas!!!
Esquecemos que somos um país que pouco liga ao desporto, o desporto é para nós o futebol. Nas escola dá-se um baixo valor às aulas de educação física, de tal forma que a sua avaliação é desqualificada na média, e o Estado não apoia os nossos atletas de alta-competição (com excepção do futebol claro).
É que nós estamos a competir com países com outra mentalidade no que toca ao desporto escolar e profissional, não nos podemos esquecer que a saúde também passa pelo desporto, e Portugal tem o colesterol alto.
Por isso não é de admirar as nossas únicas duas medalhas -ouro para Nelson Évora e Prata para Vanessa Fernandes. Mas se em vez disso nós acreditássemos mais nos Paraolímpicos, que abríssemos os telejornais também com as medalhas destes e que fossemos também busca-los ao aeroporto com cartazes e flores, porque esses sim, são sempre melhores qualificados. Entre os 146 países participantes, Portugal termina na 42ª posição com 1 medalha de ouro, 4 de prata e 2 de bronze, e ainda por cima sempre com menos apoios financeiros.
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