Lembram-se quando escrevi sobre a revista que ironicamente se chama Happy, pois bem, recebi este comentário do Bernardo Motta blogger de um dos melhores blogs sobre a simbiose fé e razão: Espectadores.
Como achei que o comentário do Bernardo está bem melhor que o meu post, decidi publicar e agradecer.
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Margarida,
Acho que é a primeira vez que leio algo escrito contra esta maldita revista. E ainda por cima, escrito por uma mulher, o que confere ainda mais credibilidade à crítica.
Um bem-haja! Valiosa crítica!
A revista "Happy" traça um retrato deprimente da suposta "mulher moderna" (algo que eu espero, e acredito, que não exista):
- Supersticiosa, consumidora ávida de intrujices "new age", alguém que só toma decisões na vida depois de consultar a bruxa ou o horóscopo
- Intensamente trivial, apenas interessada em férias, comida (seja a ingestão seja a dieta), roupa
- Tarada sexual (e por vezes perversa), sempre pronta a trair o seu namorado ou marido, e ávida de "novas experiências" sexuais
É esta a imagem da mulher "moderna"?
Claro que não. A revista Happy é uma caricatura trágica e triste. O triste, mesmo, é que venda tanto.
Finalmente, não deixa de ser caricato que, se repararmos bem, a Happy ainda não fez uma só capa em que apareça uma mulher com ar feliz. Todas as modelos que a Happy coloca na capa surgem com semblantes enjoados e nauseados. A opção por modelos com o "look heroína", do género "estou morta de tédio!" é uma opção bizarra para uma revista intitulada "Happy".
Um abraço!
Bernardo
1 comentário:
Obrigado, Margarida! ;)
Um abraço,
Bernardo
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