quarta-feira, 2 de julho de 2008

[ainda] Referendo na Irlanda II


Não interessa se poucas pessoas votaram ou se ainda mais poucas pessoas leram o Tratado de Lisboa. O que factualmente importa é que no único país, em que a vox populi foi realmente ouvida, e que teve assim o comportamento democrático mais correcto (não pela razão positiva, mas porque eram obrigados - não esquecer que Portugal alterou o Artigo 295.º da sua constituição para puder fazer o referendo, que por acaso era uma promessa eleitoral do sr Sócrates), o voto foi Não. A questão é que sendo o único país a consultar a opinião directa do povo, mobilizando assim a cidadania, faz com que um pouco de cada europeu esteja representados naquele Não, quer queiramos ou não queiramos. O Povo identifica-se mais com o povo e menos com a elite e muito menos com os eurocrátas.
O Tratado pode não ser o melhor, mas é o que temos e é necessário para a Europa sair deste impasse constitucional, podendo destacar-se na tríade.

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