quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Leis, Liberdades em Portugal



"(...) Mas a verdade é que vivemos numa sociedade onde o aborto não é penalizado em nome da liberdade individual; ao mesmo tempo, vemos nos primeiros dias de Janeiro notícias como "Três homens apanhados a fumar pela polícia".

Que modelo de sociedade estamos a construir e, sobretudo, o que significa para nós a liberdade? Somos actualmente a sociedade do "sanitariamente correcto", mesmo que não se olhe a medidas despropositadas para impor ao indivíduo o que ele pode ou não fazer. O critério da razoabilidade e da intervenção mínima do Estado nas liberdades individuais é preterido em função do padrão uniformizador dos hábitos e das consciências.
Está patente aos olhos de todos que o tabagismo é um problema actual e efectivo. O ataque às causas, a prevenção e, sobretudo, a sua proibição são medidas indiscutivelmente eficazes na luta contra uma das maiores causas de mortalidade a nível mundial.
Porém, o mesmo raciocínio não serve já interesses tão ou mais fundamentais como o valor da vida em si, o valor da vida dos outros. Enquanto o Governo proíbe o cigarro, permite e paga o aborto. Por absurdo, uma grávida com menos de 10 semanas pode ser punida por fumar, mas não o será se abortar o seu filho.
O aborto é um flagelo a ser combatido. Há um ano poderíamos acrescentar que até aqui estamos todos de acordo. Mas não é verdade: um primeiro balanço da aplicação da lei do aborto mostra-nos já, ainda a quente, que a banalização do aborto é o resultado da permissividade com que passámos a tratar a questão.
Portugal precisa de uma política de saúde consistente e coerente: identificar os males, combater as causas, fomentar as práticas que evitem o flagelo, seja através da prevenção, seja através do apoio às alternativas e, finalmente, proibir as práticas prejudiciais, respeitando os valores de liberdade em confronto.
Do tabagismo poderá recuperar-se o fumador, do aborto nunca mais se recuperarão pelo menos duas vítimas: a mãe e o seu filho. Ainda continuamos a tempo de o evitar."

Catarina Almeida, Fumadora e ex-mandatária do Diz Que Não

6 comentários:

Anónimo disse...

Essa gaja deve mas é ser tola. Compara cigarros com abortos. Aborto é ela q não percebe que o mundo tem gente a mais e que quem tem mais filhos é quem não sabe cuidar deles. Depois vão para os orfanatos onde se calhar ela ou a família dela já foi presidente de um. Cada um sabe de si. Fumar prejudica também aqueles que não fumam e provoca cancro que o estado também tem de tratar e pagar. Abortar é uma decisão livre. Não prejudica ninguém. É menos um que vem penar para este mundo. E ao menos é feito nos hospitais.
E para essa gaja se calar, o estado também subsidia as tabaqueiras.
Ela gostava mas era de ir "viajar" até Espanha.

Dita disse...

Não leste bem, a senhora não compara cigarros com o aborto, compara as limitações de liberdades e garantias individuais na pôs-moderniade que a sociedade portuguesa perfura.
Presidente de um orfanato??? Porque defender o não ao aborto é um loby? E quem defende a lei do tabaco deve ser dono de uma empresa que imprime os placares que os estabelecimentos públicos são obrigados a ter pelos preços de 7€ ou mais?? E um aborto quanto custa ao Estado?? E eu que considero um aborto eticamente, biologicamente, moralmente, intelectualmente intolerável vou está a cooperar economicamente com um assunto que conscientemente me suscita desagrado? E se enfrentar tudo e quiser ter o filho recebo as mesmas ajudas, economicamente, que uma mulher fez um aborto? Mas não posso fumar onde me apetece! É necessário informar melhor antes de refutar o texto, o mundo não tem pessoas a mais está mesmo a viver uma das maiores crises demográficas, que tem trazido graves problemas culturais, é por isso que as politicas natalistas tem sido cada vez mais e melhores, falo obviamente nos países da Europa do Norte porque em Portugal nem por isso; e as tabaqueiras são as empresas que pagam mais impostos aos estados!!!
P.S. Mediante a minha opinião quero deixar claro que não pertenço a nenhum loby de orfanatos nem da Marlboro.

Anónimo disse...

Ninguém faz abortos como método contraceptivo. Não percebo pq o aborto põe em causa as liberdades e garantias dos cidadãos. Acho precisamente o contrário.Abortar é uma decisão difícil, muito intima e em que o Estado não devia intervir. É como a Fé, o Estado é laico nessa matéria. O Mundo está sobrepovoado há muito tempo e é pena que cada país só conte os seus habitantes e não haja uma política de melhorar as condições de vida dos q já cá existem em x de estarem a pagar para as mulheres engravidarem, como fez agora o Sócrates, em q, quanto mais pobre mais recebe, como se essa fosse a solução. Por que razão uma mulher tem de ir a um psicólogo, a um obstetra,enfim, a uma Junta Médica, quando quer abortar, enquanto as mulheres apoiadas pelo rendimento mínimo (RD)e a maioria das famílias desestruturadas engravidam as x que querem e não há Segurança Social ou Junta Médica que lhe pergunte nada? Também estou a pagar para o RD e para os Orfanatos!Devia haver planeamento familiar que é coisa q nunca existiu em Portugal que é o país da UE onde existe maior nº de gravidezes na adolescência e cada x mais gente pobre.
Não são as ajudas do Sócrates q irão permitir pôr neste mundo cidadãos (bem formados, intelectual e moralmente e FELIZES). O que ele está a fazer é eleitoralista e enganador. Vem aí mais uma geração de analfabetos, criados pelo Estado.
Uma mulher da classe média não precisa de 100 euros por mês para ter filhos. Não é isso q a vai fazer decidir engravidar, enquanto uma tontaça analfabeta vai estar sempre de barriga à boca por que 100 euros é 1 fortuna para ela. Vai poder comprar mais no chinês, mais Telem, um carro e a seguir recebe o Rendimento mínimo uma casa num bairro social, quase de graça,os filhos não vão para escola nenhuma porque a escolaridade obrigatória é uma treta, basta ter 16 anos e ninguém é obrigado a ir à escola mesmo que nem tenha conseguido fazer a escola primária e como é uma família desestruturada os filhos serão encaminhados para casas de acolhimento com um futuro risonho `a sua frente! Era como qd havia o abono de família. Faziam + filhos para receberem mais abono, como se fosse uma fortuna q desse para criar uma criança para toda a vida. Criem condições para a entrada de mais emigrantes. Parece que temos de ter portuguesinhos de gema, francesinhos de gema e por aí fora. Todos os dias morrem crianças à fome e os países do Norte e Portugal a pagarem para fazerem mais filhos!!!Saber Educar é das coisas mais difíceis que existem. Ter filhos não pode ser encarado de ânimo leve. Devia ser obrigatório consultas para quem vai ter filhos e n para quem vai abortar. E n te esqueças que sempre se fizeram abortos clandestinos, a preço de ouro e com grandes riscos para as mulheres.
Fumar também é uma problema de saúde pública, tal e qual como eram os abortos clandestinos.

Àquela nunca comeste ovos galados? Também batia lá um coraçãozinho....

Dita disse...

X?

As mulheres que mais fazem abortos em Portugal são de classe media alta!!! Mas se é pobre não deve nascer?
Como ovos, carne de porco e de vaca e galinha, adoro bacalhau, entre outros sou acho que é uma falta de inteligência ou bom senso comparar com a vida humana!........

Para mim uma aborto clandestino ou sob protecção estatal é a mesma coisa: um aborto!

Anónimo disse...

Ai Morcelita, pelo que vejo continuas sem gostar do confronto de ideias. Não é a chamar nomes às pessoas que se fica com a razão.
Não respondes a nada do que o "diabetes" disse. É legitimo seres contra a legalização do aborto, só que havia esse problema para resolver; sempre se fizeram abortos mas todos sabíamos em q moldes os faziam.
Mais, com que direito alguém deve decidir sobre a gravidez de uma mulher?É uma decisão que só ela sabe e quem ela achar q deve saber. Gostamos todos muito de opinar sobre tudo mas eu acho que existem coisas que não nos cabe julgar.
É como a prostituição e as drogas, LEGALIZEM-NAS pois nunca ião deixar de existir.

Anónimo disse...

Fogo! Tás que nem uma barata!!!Adonde tá seu sentido de humor?
Eu como de tudo e até gosto muito de ver o leitãozinho assado no meio da mesa, com dentinhos e tudo.
Mi escusa, mas a legalização do aborto não se destina às mulheres de classe média alta. Essas sempre tiveram o seu problema resolvido. Onde foste buscar essa de que são nesses estratos sociais q existem mais abortos? Muita verdura...