quinta-feira, 30 de julho de 2009

Somos almas gémeas!!






"Não podemos ignorar que há uma descrença profunda na classe política, nas suas opiniões e nas suas propostas.

E, no entanto, fazer política é uma coisa muito séria, não é um mero jogo fechado que só diz respeito aos Partidos políticos.

Quantas vezes já ouvimos dizer “Não me interessa a política, isso é lá com eles”?, como se a política não dissesse respeito a cada um de nós, como se a política não fosse uma actividade que deve ser exercida com cada um de nós.

Neste sentido, uma questão fundamental a ponderar é porque é que se deu esta desvalorização da acção política e dos políticos?

Sem dúvida que uma das razões é a percepção de que os políticos deixaram de ter no centro das suas preocupações os cidadãos e os seus problemas, para passar a considerar sobretudo os seus interesses partidários ou pessoais.

Além disso, ganhou-se o hábito de comentar o curto prazo e ignorar as questões de fundo.

Por isso, as pessoas reagem com indiferença ou até desprezo ao que os políticos dizem.

Todos sentimos que fazer política com o recurso permanente a promessas é uma arma eficaz do ponto de vista eleitoral, mas que tem sido mortífera para a credibilidade dos políticos.

Ora, o crédito dos políticos é um factor indispensável para gerar a confiança necessária para enfrentar o futuro e mobilizar os Portugueses.
Não é uma tarefa fácil, tanto mais quanto muitos esperam e reclamam que os políticos se comportem e actuem precisamente de acordo com os modelos que os fez cair em descrédito."*



*Declarações de Manuela Ferreira Leite na conferência do Diário Económico 'Transformar Portugal'.

2 comentários:

Antonio Lains Galamba disse...

como se ela não tivesse culpas no cartório... prometer e falhar ao prometido é um dos factos que mais contribui para o descrédito da politica e dos politicos... não vou enumerar as «falhas» da dra manuela... não, doer-me-iam os dedos. e passava o tempo da garantia do computador...
tudo seria poupado se houvesse memória. MEMÓRIA. exacto.

Isobel disse...

"A situação de desconfiança em relação às instituições é um desafio tão grave como as mudanças súbitas de estrutura que o país teve" [o que] "obriga a um grande esforço para encontrar alguma resposta para a redefinição da atitude do país perante os desafios".
"Estas respostas precisam de lideranças mas de entendimento da sociedade civil que acompanhe isso, que a relação entre a população e aqueles a quem delega o poder que essa relação de confiança seja restaurada. A falta de confiança é uma das debilidades maiores"

Fonte: [Declarações de Adriano Moreira, no ciclo de conferências "Horizontes do Futuro", uma iniciativa da Câmara Municipal de Loulé.]

http://www.cm-loule.pt/index.php?option=com_noticias&id=3508