quinta-feira, 31 de março de 2011

Anda tudo burro?: Administrador dos CTT falsifica CV e suspende mandato

O que eu nunca imaginei não é o mau carácter de falsificar um curso, mas sim a estupidez desta justificação. Revela sem duvida a falta de inteligência. Para rua!
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Não se esqueçam que num mundo materialista a cor preta do desprendimento fica muito bem, fica muito bonita


(clica para ler melhor)
Lembro-me de ouvir uma história, de um destes santos monges franciscanos, em que numa tarde convidou o seu irmão a saírem à rua para converterem a cidade, iam fazer apostolado. Ambos saíram com o hábito, e deram uma volta na zona principal, passaram pelo comercio, pelas pessoas e voltaram para o convento. O outro monge perguntou como podiam ter feito apostolado se nem abriram a boca para falar com alguém, mas a resposta deste homem santo foi fatal, que a inquietação e admiração de verem dois monges vestidos com o hábito deixaria uma imagem de Jesus e um rasto no coração.
Assim são os Sacerdotes que andam com cabeção, que andam com batina. Dizer que tem um grande Amor com a sua roupa, com a sua forma de vestir, com a sua imagem e basta-nos um simples olhar para sabermos que ali vai um homem que ama a Deus e a sua humanidade, que luta pela santidade, uma homem da Igreja, um homem que confessa... O que é de uma grandeza, pois basta um simples olhar para nos despertar a inquietação, uma simples pegadas na neve.
Para além de ser uma oportunidade para provocar, para converter. Para ser uma Imagem de Jesus.

terça-feira, 29 de março de 2011

Porque sou conservadora:


A entrevista a um conservador da moda antiga, ou seja da escola de Edmund Burke e de Michael Oakeshott. Comecei por conhecer Roger Scruton com o livro A Political Philosophy (em leitura), foi sem duvida uma óptima descoberta.
Como faz sentido esta disposição, o conservadorismo moderno tem muito que se dizer.
Algumas novidades interessantes, a defesa do ambiente: conservação da natureza.
Espero que gostem.
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Entrevistador: Diederik Boomsma, Clarion Review, 9 de outubro de 2009
Professor [Roger] Scruton, além de escrever e ensinar, o Sr. administra uma empresa de consultoria agrícola, juntamente com sua esposa, e também uma fazenda. Sua fazenda é lucrativa ou é mais um passatempo?
Pouquíssimas fazendas são lucrativas e a nossa existe mais para consolidar nossa identidade como uma consultoria agrícola e fábrica de idéias. Nossos vizinhos transformam grama em leite e têm perdas; nós transformamos grama em idéias e temos lucro. Criamos nossos cavalos, dos quais cuidamos, e deixamos nossos vizinhos usarem o pasto para suas vacas: as vacas também, vistas da janela, podem facilmente ser transformadas em idéias. Nós também criamos galinhas e às vezes porcos, que transformamos em salsichas, depois de seu breve tempo como idéias.
Como o Sr. encontra tempo para escrever, ensinar, ser fazendeiro, dar consultorias, caçar e viver? O Sr. segue uma disciplina diária severa?
Tenho sido abençoada com energia e disciplina desde terna idade. E observo uma disciplina severa: borgonha branco às 7:30 da manhã eclaret ao jantar.
O Sr. "saiu da imaturidade nos anos 60", como o Sr. escreve em sua autobiografia Gentle Regrets [Suaves Pesares] (Continuum, 2006), e com um pai que era um professor socialista. Como foi que o Sr. se tornou um conservador?
Não sei ao certo se me tornei mesmo um conservador, embora eu faça esta descrição. Antes, descobri que sou um conservador e descobri isto principalmente observando a auto-indulgência que sobreveio em 1968. A partir de então, eu soube que, independente do que eu fôsse, eu era contra o Movimento e a Revolução. Então, eu parti para descobrir um novo modo de ver as coisas, baseado na aceitação daquilo que de bom nos foi deixado por nosso passado europeu e que deveria ficar livre de qualquer rebelião petulante.
Por que etapas o Sr. então passou na descoberta e resgate deste novo modo de ver e o que fez o Sr. dar início ao movimento conservador?
Eu descrevi alguns deles em Suaves Pesares. Eu tentei descobrir outros -- acadêmicos, jornalístas, gente com interesse no estado da cultura nacional e discutir o assunto com eles. Eu ajudei a fundar o Grupo Salisbury, assim batizado por causa do primeiro-ministro, que é desconhecido hoje (o que prova sua grandeza). Consegui descobrir um número suficiente de acadêmicos alquebrados e ex-políticos geriátricos para fazer a coisa parecer plausível e em 1982 eles me indicaram como editor-fundador da Salisbury Review. Esta foi a primeira revista a alertar para a ameaça da crescente islamização de nossas cidades. Ela foi prontamente banida de bibliotecas universitárias e sues autores sujeitos a campanhas de difamação: vários perderam o emprego em consequência de escreverem para ela. Enquanto isto, eu havia fundado (com alguns amigos) o Grupo de Filosofia Conservadora, em 1974 -- destinado a injetar idéias conservadoras no Partido Conservador. Isto foi considerado tão absurdo pelo Partido que a simples menção, quando tentei apresentar minha candidatura em uma eleição, na prática encerrou a minha carreira política. No entanto, por causa destes esforços, eu fui convidado a escrever para o Times e meus artigos atraíram muita atenção. A partir de The Meaning of Conservatism [O Sentido do Conservadorismo], eu comecei a tornar o conservadorismo respeitável. E eu acho que se tornou. Mas acho que eu mesmo não.
O Sr. descreveu o conservadorismo como sendo "amar o mundo pelo que ele é." O que o Sr. quer dizer com isto?
O conservadorismo envolve, como você diz, amar o mundo como ele é -- não todo ele, mas aquela parte que conseguimos receber dos mortos. Isto significa reconhecer o quanto é mais fácil destruir que criar. Isto envolve uma atitude de amizade em relação à comunidade, ao invés de um desejo de refazê-la em cumprimento a algum objetivo oni-abrangente. E assim por diante.
O que diferencia o conservadorismo do liberalismo ?
O problema com o liberalismo clássico é que ele nunca pára para examinar o que está em questão quando se diz "não prejudicar os outros." Será que deixo os outros ilesos quando destruo minha capacidade de me relacionar pessoalmente por causa do uso de drogas, promiscuidade e vício em pornografia? Será que deixo os outros ilesos quando me entorpeço com música pop? Não tenho nada contra o individualismo, desde que se reconehça que o indivíduo é criado pela comunidade e pelos limites morais que aí prevalecem. O indivíduo não é a fundação da sociedade, mas seu sub-produto mais importante.
De que modo os tabus sexuais são uma preparação para o amor? Por que eles protegem a possibilidade de um relacionamento sexual normal ?
Relacionamento sexual normal é aquele no qual o desejo toma uma forma pessoal e responsável, que coloca a mutualidade acima da gratificação e que tem como ideal a meta de um compromisso de longo prazo -- um compromisso que permita aos parceiros irem além do desejo. Este tipo de normalidade é ameaçado pelo culto à juventude, pelo tipo de educação sexual que torna a tecnicalidade mais importante que o auto-controle e pelo medo ao compromisso. A pornografia deveria obviamente ser removida da esfera pública: mas o problema é que a fronteira entre o público e o privado foi dissolvido pela internete só medidas radicais poderiam agora ser consideradas. Se elas não forem introduzidas, entretanto, eu temo que as relações sexuais humanas serão tão lesados que eles gradualmente refluirão a uma espécie de narcisismo universal.
Muita gente considera o conservadorismo uma forma de nostalgia romântica, uma reverência irracional ao passado. Como o Sr. responderia a isto?
Todas as formas de crença social e política que temos diante de nós, hoje, se relacionam com o movimento romântico, pois este é o arquétipo de nossa contínua tentativa de viver de acordo com nossos próprios planos. Na verdade, isto se aplica mais ao socialismo do que ao conservadorismo -- sendo o socialismo uma espécie de nostalgia mórbida do futuro, que é ainda mais prejudicial do que a nostalgia do passado. E esta palavra, "nostalgia" -- o que significa? A ânsia pelo nostos, o "retorno ao lar", o Heimkehr, que é o coração de qualquer reflexão séria sobre nosso tempo na terra. Só é preciso se distinguir entre as formas positivas e negativas dela. O Renascimento foi um grande movimento de nostalgia em relação ao mundo clássico; e veja como ele abalou tudo!
O Sr. fala em favor da preservação do estado-nação como uma realização ocidental única. O que há no estado-nação que faz o Sr. defendê-lo como a melhor fonte de identidade e objeto de lealdade?
A coisa mais importante a respeito do estado-nação é que ele defeine uma forma de lealdade territorial, sujeita a uma lei secular. Ela nos diz: viva de acordo com o código de boa-vizinhança, viva com os estranhos que vivem ao seu lado e defenda seu lar comum daqueles que gostariam de destruí-lo. A alternativa a este tipo de lealdade não é alguma camaradagem planetária do tipo que só faz sentido em conferências de consmopolitas ricos, mas uma lealdade religiosa, do tipo exemplificada pelo Islam, da qual os estranhos estão excluídos, e que rejeita o território e a lei secular como irrelevantes. Nós veremos o dano que será causado por esta forma de lealdade nos próximos anos e em resposta a ela os europeus terão que concordar comigo a respeito do estado-nação. Mas será uma dura lição.
Que consequências prejudiciais tem o livre-mercado? E por que modos o mercado deveria ser limitado?
O mercado, deixado por sua própria conta, põe tudo a venda; daí o problema da pornografia. Nós não permitimos que as crianças sejam vendidas -- não ainda: mas permitimos, sim, que sejam tratadas como bens mercantis quando elas estão no útero. É óbvio demais, quando se olham estes fatos, que o mercado só é bom quando controlado pelo sentimento moral -- como Adam Smith reconheceu. O mercado deveria ser limitado por leis refletindo as necessidades da vida moral. Certas coisas deveriam ser recolhidas do mercado, do mesmo modo que a religião sempre tentou preservar os aspectos da vida humana dos quais a reprodução da sociedade depende.
O Sr. sugeriu, há pouco, que o Islam religioso vai causar muitos problemas. Qual é o principal problema do Islam? E quais são suas opiniões a respeito do atual 'choque de civilizações'?
Os principais problemas do Islam são dois: é difícil conciliar o status do Corão com as idéias modernas de leis e governo; e sua obssessão com a sexualidade feminina. É impossível aceitar a idéia de que o Corão e a Suna contêm a totalidade das leis, que Deus é o autor destas leis e que a lei de um corpo secular também pode se pronunciar sobre os mesmo assuntos com resultados diversos. Portanto, o Islam está sempre em conflito potencial com o estado-nação e com a legislação secular criada para mediar entre comunidades religiosas. Tudo isto está bem documentado e não há resposta possível, exceto aquela reconhecida pelos cristãos desde o tempo de São Paulo -- a saber, que a lei de Deus diz respeito a nossos deveres para com Ele, mas não a organização da sociedade. A obssessão com a sexualidade feminina significa que o Islam não pode ser facilmente conciliado com as condições modernas, nas quais as mulheres exigem algum tipo de igualdade com os homens e têm um papel na determinação da natureza e obrigações da vida pública. Os turcos superaram isto, mas só porque Atatürk proibiu a poligamia, o vestuário islâmico e as formas normais de discriminação. Se a experiêncai turca se mostrar durável, talvez este problema possa ser superado. Seria correto falar de choque de civilizações se o Islam ainda tivesse uma -- mas ela foi perdida, deixaram ela cair em algum lugar do deserto e nunca mais pegaram. Se uma pessoa viaja pelo Oriente Médio hoje e procura por exemplares de Al-Farabi, Ibn Sinna, Rumi, Hafiz, ou mesmo das Mil e Uma Noites -- ela vai se decepcionar. Claro, também estamos perdendo nossa civilização. Mas ela ainda não foi proibida.
Como os governos do Ocidente deveriam lidar com o desafio de integrar os imigrantes que já estão presentes em nossas sociedads?
O muilitculturalismo sempre foi movido por ressentimento e hostilidade em relação à herança européia. É uma filosofia da fragmentação, cujo resultado seria reduzir nossas organizações políticas estáveis àquelas que predominam nos Bálcans e no Oriente Médio. Os imigrantes islâmicos devem ser encorajados a se integrarem por quaisquer meios que se possam criar. E se eles não quiserem se integrar, eles devem ser encorajados a irem para outro lugar, de modo a serem governados por um sistema que se adeque melhor a suas aspirações.
No cerne de sua filosofia está a constatação de que a Europa está passando por uma crise cultural, em seguida ao desastre da modernidade e seu resultado pós-moderno.
A cultura é um nome amplo para uma gama de sentimentos interpessoais e nosso modo de chegar ao auto-conhecimento através de nosso relacionamento com os outros. Em todas as sociedades até hoje, ela dependeu de um alicerce de fé religiosa ou pelo menos de uma idéia do sagrado e da presença observante dos deuses. Nós carecemos deste alicerce; mas o fato de que estamos à deriva não significa que devemos comer uns aos outros como marinheiros após um naufrágio. Devemos encontrar o caminho de volta à decência e é isto o que a cultura pode nos oferecer.
Então, por meio de Mozart, de Shakespeare, da leitura da poesia e da avaliação estética destas e outras obras, podemos recuperar uma idéia do sagrado?
É óbvio que pode-se recuperar muito mais do que uma idéia do sagrado a partir de Mozart et al. O mais importante é que pode-se familiarizar com a idéia de que a vida é algo que importa, que é algo mais importante que o prazer e o sofrimento, o que faz valer a pena estarmos aqui. Sem esta idéia da importância da vida, as pessoas tornam-se infelizes, pois tudo o que elas fazem parece arbitrário e incompleto.
A via da alta cultura pode servir como um substituto para a fé religiosa? A via estética não está restrita a uma pequena elite?
Nada pode substituir a fé sobre a qual uma civilização foi construída. Mas a alta cultura pode beneficiar a todos, mesmo que seja só uma elite que participe diretamente dela. A ciência benficia a todos, muito embora só uns poucos a entendam. Acredite ou não, o mesmo vale para Beethoven, comos os ingleses descobriram na última guerra. Os concertos e transmissões de música clássica, sobretudo da quinta de Beethhoven, tornaram-se símbolos de uma rebeldia que não poderiam ser facilmente representados pela cultura popular, que não ia tão longe dentro do espírito. As elites são necessárias aos que não pertencem a elas; e aquilo que serve como alimento para o espírito dos líderes é alimento para os que seguem.
Será que os juízos moral e estético são a essência da cultura -- ao passo que a modernidade, em suas raízes, é uma tentativa de escapar totalmente aos juízos?
Sim, para muitas pessoas, o objetivo é escapar ao juízo. E estas pessoas devem ser julgadas.
O Sr. descreveu a importância de 'ritos de passagem' para se crescer de forma adequada. Quais ritos de passagem, por exemplo?
O mais importante rito de passagem para um adolescente é a transição das relações auto-centradas para a declaração de um compromisso -- era disto que se tratava o casamento. Temos que reconstruir este tipo de rito para que os adolescentes possam ter a experiência -- vital para a felicidade - de se entregarem para outros, ao invés de receberem.
O Sr. já escreveu que muitas instituições educacionais permanecem sob o controle de uma "cultura do repúdio" nihilista. O que os estudantes modernos podem fazer para adquirirem uma educação adequada e se civilizarem, dadas as distrações da vida moderna?
A auto-ajuda é uma filosofia tão válida hoje quanto no século 19. Eu me lembro de ter visitado estudantes nos antigos países comunistas que tinham sido expulsos das universidades e tomavam a iniciativa de convidar pessoas do Ocidente (e sobretudo anti-socialistas como eu) para falar para eles. Pessoas inteligentes sempre conseguem se erguer acima de seu meio, desde que se armem com as três grandes armas conservadoras: o humor, a ironia e o desprezo.
Em seu livro recente, Culture Counts: Faith and Feeling in a World Besieged [A cultura importa: Fé e Sentimento em um mundo sitiado] (Encounter Books, 2007), o Sr. termina com uma nota de otimismo: "Os rumores sobre a morte de nossa cultura foram grandemente exagerados." Que sinais de esperança o Sr. vê?
É sempre bom terminar com uma nota otimista, como o criado de Napoleão. Em relação a sinais de esperança: os poucos porém obstinados jovens jovens que saem do sistema universitário com uma educação, apesar de todos os esforços dos professores para impedi-los de a adquirirem; a sobrevivência da música clássica e de certas tradições folk, como o bluegrass, apesar da indústria "musical"; a sobrevivência admirável da alfabetização; e a habilidade, observada em vários lares de nossa vizinhança, de desligarem a televixão. E também o fracasso das sociedades pós-modernas em se reproduzirem, com o rápido declínio demográfico dos esquerdistas.
O Sr. recentemente se mudou para os Estados Unidos e agora divide seu tempo entre o interior da Virgínia e a Inglaterra. Do que o Sr. mais gosta na Virgínia? E do que o Sr. sente falta na Inglaterra e que seria mais bem-vindo se fosse possível trazer no avião?
Os refugiados do estatismo europeu sempre ficam espantados em descobrirem na América uma sociedade na qual as pessoas ainda sentem prazer no sucesso dos outros. O ressentimento ainda não é a atitude dominante lá. E quando há um desastre, as pessoas se apressam em ajudar. Eles também se oferecem como voluntários para serviços de resgate e coisas assim e têm um interesse real em melhorar a comunidade -- uma coisa que Tocqueville notou no século 19 e ainda é verdade hoje. A América é uma sociedade fundada no ato de dar, não de pedir. A Europa é uma sociedade construída sobre os "direitos humanos"; em outras plavras, exigências mesquinhas por cuidados alheios.
Por outro lado, há aspectos da Europa -- e da Inglaterra, em particular, de que sinto falta lá. A mais importante é uma legislação urbanística construtiva e sensata. A América é uma bagunça, com cidades esfaceladas e evisceradas, áreas centrais metropolitanas que são abomináveis e não têm semáforos ou espaços públicos e uma zona rural invadida pela expansão dos subúrbios. É espantoso ver que um país tão rico e tão bem bem abastecido pela natureza tenha decidido tornar-se um depósito de lixo. Por outro lado, em muito deste lixo aparece um sorriso da Disneylândia e devemos ficar gratos por isto.
Qual será seu próximo projeto?
Eu estou sempre trabalhando em algo, mas também sempre ansioso para acabar.
Roger Scruton, escritor e filósofo, também é o conservador inglês de leitura mais difundida hoje. Ele é pesquisador do Instituto de Ciências da Psicologia, em Arlington, na Virgínia. Visite seu site para saber mais sobre suas recentes publicações e atividades culturais:http://www.rogerscruton.com/.
Read more at veradextra.blogspot.com

Afinal os relativistas têm razão, o tempo é relativo...


Nos mostradores do autocarro da cidade de Lisboa, em que 4 minutos pode ser 1 hora e 20 minutos 2 minutos, então se houver manifestação o tempo consegue ainda ser mais relativo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ainda sobre os Sacerdotes

«vim [para o Carmelo] para salvar as almas e, especialmente, para rezar pelos sacerdotes»
SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS, História de uma alma, VII, 4

Chama-lhe o que tu quiseres....

Li agora esta noticia: "A Síria decidiu revogar o estado de emergência, em vigor há quase 50 anos", como é possível estar num Estado de Emergência durante 50 anos? Ambiguidade dos termos? Isto é uma forma de legitimar a mitigação das liberdades, entradas inesperadas ao domicilio, forças armadas no controlo, e não lhe chamar ditadura.

Esta é a geração que vai acabar com o Aborto

(Sara Ribeirinho Machado!)

Porque hoje é dia 28 de Março: Para ser nosso ele foi Padre

"Vieram-lhe as lágrimas aos olhos: tinha pensado que o seu filho iria ser arquitecto ou advogado. Foi a única vez que o viu chorar. Chorou de alegria, porque o pai de Josemaria era um bom cristão, mas também sentiu pena, porque um sacerdote tem de ser uma pessoa sacrificada."

Ainda sobre a revista new age: Happy

Lembram-se quando escrevi sobre a revista que ironicamente se chama Happy, pois bem, recebi este comentário do Bernardo Motta blogger de um dos melhores blogs sobre a simbiose fé e razão: Espectadores.

Como achei que o comentário do Bernardo está bem melhor que o meu post, decidi publicar e agradecer.

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Margarida,
Acho que é a primeira vez que leio algo escrito contra esta maldita revista. E ainda por cima, escrito por uma mulher, o que confere ainda mais credibilidade à crítica.
Um bem-haja! Valiosa crítica!
A revista "Happy" traça um retrato deprimente da suposta "mulher moderna" (algo que eu espero, e acredito, que não exista):
- Supersticiosa, consumidora ávida de intrujices "new age", alguém que só toma decisões na vida depois de consultar a bruxa ou o horóscopo
- Intensamente trivial, apenas interessada em férias, comida (seja a ingestão seja a dieta), roupa
- Tarada sexual (e por vezes perversa), sempre pronta a trair o seu namorado ou marido, e ávida de "novas experiências" sexuais
É esta a imagem da mulher "moderna"?
Claro que não. A revista Happy é uma caricatura trágica e triste. O triste, mesmo, é que venda tanto.
Finalmente, não deixa de ser caricato que, se repararmos bem, a Happy ainda não fez uma só capa em que apareça uma mulher com ar feliz. Todas as modelos que a Happy coloca na capa surgem com semblantes enjoados e nauseados. A opção por modelos com o "look heroína", do género "estou morta de tédio!" é uma opção bizarra para uma revista intitulada "Happy".
Um abraço!
Bernardo

domingo, 27 de março de 2011

There Be Dragons

Esta entrevista é enorme, (58m) mas vale a pena, vão ouvindo enquanto estudam ou arrumam o quarto.

Queria-te explicar os 10 minutos de Acção de Graças

Numa altura que se fala em xenofobia, em choques culturais, conflitos civilizacionais. Eis um bom exemplo:

Futre faz sucesso com teoria sobre jogador chinês

Coisas boas do facebook

Ri-me imenso com isto, Obrigada João Silveira

Sexta-Feira de Quaresma (III)

O livro da sexta-feira dia 25, dia da Anunciação, Solenidade, não é bem um livro, mas também pode ser um livro, digamos lê-se. É o Exame de Consciência, pode-se encontra em muitos lados, deve haver na net.
Isto é um simples meio, porque o fim é a Confissão.
Uma boa quaresma, uma boa Páscoa requer uma boa confissão. Por isso leitura recomendada, ou melhor dialogo recomendado.

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quinta-feira, 24 de março de 2011

E agora, onde está a Manuela Ferreira Leite?

Viva José Sócrates! - Por Henrique Raposo

O Artigo é do Henrique Raposo, mas ri-me tanto que decidi publicar, chama-se: Viva José Sócrates!

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Estou muito feliz, meus amigos. Muito mesmo. Aliás, estou que nem posso. Estou muito contente com o governo. Porque ontem, no parlamento, o actual governo fez um discurso mui interessante. Pela voz do ministro Teixeira dos Santos, o executivo disse o seguinte ao país: acabou a Era do crédito fácil, e, por isso, a governação socialista vai ter de mudar (está visto que o governo gosta de me ler ). Mais: Teixeira dos Santos afirmou que o país tem de fazer reformas-chave no sentido de alcançar flexibilidade laboral (estou que nem posso ) e na lei das rendas (parem de me mimar, please ). Que beleza de discurso. Que belo arranque da campanha eleitoral. Se beber o suficiente, até sou capaz de votar em Sócrates.

Meus amigos, estou tão contente que nem vou ligar à difícil relação que este governo mantém com aquilo que a minha avó apelidava de vergonha na cara. Não, não estou a falar da inacreditável falta de respeito pelo parlamento. O abandono do parlamento por parte do primeiro-ministro é, digamos, uma formalidade burguesa sem importância. Ora essa. A falta-de-vergonha-sem-importância-deste-governo-é-visível-noutra-coisa-sem-importância: Teixeira dos Santos falou como se tivesse chegado agora ao poder. Até parecia que esta gente não está no poder há seis anos. Até parecia que esta gente não governou 12,5 dos últimos 15 anos. Até parecia que o governo não tem um passado de crítica às ideias que Teixeira dos Santos defendeu ontem. Não se lembram? Afirmar-se que "a governação assente na dívida tinha acabado" era bota-abaixismo (ou seja, Teixeira dos Santos confirmou ontem que Manuela Ferreira Leite tinha razão) . Afirmar-se que "o governo precisa de flexibilidade laboral e ao nível do arrendamento" era ultra-neoliberalismo-fascista. Lembram-se daquilo que aconteceu no Verão passado? Lembram-se da forma como Sócrates atacou as ideias de Passos Coelho? Ora aí estão algumas dessas ideias na boca de Teixeira dos Santos.

Em resumo, o discurso de Teixeira dos Santos representa a negação da governação socialista 2005-2010. O discurso de ontem representa a derrota ideológica do socratismo. Perante isto, um governo com vergonha na cara sairia de cena, admitindo que as suas ideias fracassaram. Mas esta malta socrática é muito mais divertida. Esta malta reinventa-se a cada semana. Sócrates matou Sócrates, mas já há um novo Sócrates. Viva o novo Sócrates. Viva José Sócrates. Estou que nem posso.

AIS: Japão

Mais um ponto a favor do filme "There Be Dragons":

A musica é do fantástico e galardoado compositor Ennio Morricone.

Ontem estava na FNAC e vi "São Josémaria" a publicidade ao filme:


There be Dragons (foto tirada de forma ilegal)

Está tudo a falar do governo para desviar o assunto do Leviatã:


quarta-feira, 23 de março de 2011

Se não fosse Quaresma cantava um Aleluia!

Porque hoje é o dia 23 de Março: ‎Regnare Christum volumus!

Mother should I trust the government?


É hoje que cai???

Deve ser porque é o planeta vermelho?

Hugo Chávez: Marte já teve vida

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, culpou o capitalismo pela inexistência de vida em Marte: “O capitalismo e o imperialismo chegaram lá e acabaram com tudo”.

Então bota abaixo

Fitch diz que queda do governo não afecta rating de Portugal

Toma lá que já apanhaste

Coitado, é que para além de ter ouvido o Tony Carreira ainda apanhou um porradão do segurança.
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Artur Agostinho 1920-2011

Morreu um bom jornalista popular, podem dar a atenção merecida.

Roger Waters - The Wall / Tour 2010/2011

Lisboa 22 de Março 2011

O muro foi abaixo: ROGER WATERS com o espectáculo THE WALL em Lisboa

Lembro-me da primeira viagem que tive ideia de os meus pais fizerem sozinhos, tinha sido a Lisboa ver os Pink Floyd, ou seja desde quase bebé que os oiço.
Lembro-me de talvez com 5 anos dizer que era a minha banda preferida e contava às minha amigas, que no concerto deles havia um porco voador, pois a minha mãe tinha visto! Como os meus pais tinham gostado daquele concerto bastava para serem a minha banda preferida, até tinha uma t-shirt.
Cresci, mas continuava a ouvi-los, vi o filme, chocante. Lembro-me que o meu avô disse-me, "estes sim são os verdadeiros anarquistas, talvez sejam os únicos anarquistas que conheci", ja entendia a mensagem do muro, a mensagem do teacher, e continuava a gostar deles e continuaram a ser a minha banda preferida.
Ontem, quis o destino (a quem Lhe chame assim) fui sem ter tido tempo de pensar que ia a um dos melhores concertos de todos os tempos, ao espectáculo "The Wall" do Roger Waters.
O que posso dizer é que fiquei sem palavras. Impressionante.
Mãe foi a minha vez de ver o porco voador e continua a ser a minha banda preferida!

terça-feira, 22 de março de 2011

Desejo

«para elevar o coração, basta mudar de vontade»
SANTO AGOSTINHO, En. in ps. 85, 6

segunda-feira, 21 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

Eu, Padre, Casado me confesso - por Pe Gonçalo Portocarrero de Almada

Anda por aí um burburinho dos diabos, à conta de uma declaração de uma centena e meia de teólogos alemães que, há falta de um tema mais original, decidiram questionar o celibato sacerdotal.
É, juntamente com o famigerado sacerdócio feminino, uma insistente proposta de alguns grupos de católicos pouco ortodoxos que, se me permitem a charada ecuménica, de tão reivindicativos dir-se-ia que são protestantes.
Não obstante alguns contornos mais caricatos, a questão é séria e merece alguma reflexão. Depois de uma etapa fundacional em que, à imagem de Cristo, os apóstolos e outros, como São Paulo, se mantiveram célibes “pelo reino dos Céus”, vieram tempos em que os presbíteros podiam ser casados. Contudo, tendo em conta os resultados dessa primitiva experiência, entendeu-se preferível retomar a tradição evangélica, repondo o celibato sacerdotal na Igreja Católica latina. Portanto, um eventual regresso à anterior situação representaria, em termos históricos, um retrocesso, ainda que disfarçado de revolucionária novidade e, o que é pior, um afastamento em relação ao exemplo de Cristo, que é o modelo e a razão do sacerdócio eclesial.
Há, sobre esta matéria, um duplo equívoco, que importa esclarecer. O primeiro decorre da suposição de que só há amor quando há uma vida sexual activa e, portanto, a imposição do celibato implica a frustração emocional do padre que, entregue à sua própria solidão, fica assim mais exposto às fraquezas da humana condição. Já São Paulo advertira: mais vale casar-se do que abrasar-se. É certo. Porém, o sacerdote não é um homem sem amor, muito embora a sua realização afectiva não tenha expressão sexual. Um presbítero que não ame, que não esteja apaixonado, é certamente um ser vulnerável e fragilizado, não por ser padre, mas precisamente por o não saber ser. Com efeito, o ministério sacerdotal não se reduz a uma função burocrática, em cujo caso o celibato não faria sentido, mas antes se realiza naquele “amor maior” de que Jesus Cristo é o perfeito exemplo. E é bom recordar que o Verbo encarnado não é apenas Deus perfeito, mas também perfeito homem, pelo que a sua circunstância celibatária não só não foi óbice como condição para essa plena realização da sua natureza humana.
Outro lapso é supor que os padres da Igreja Católica são solteiros, o que manifestamente não corresponde à realidade. Saulo de Tarso, quando disserta sobre a grandeza do sacramento do matrimónio, refere-o a Cristo e à sua Igreja, por entender que esta aliança é de natureza nupcial. Por isso, o sacerdote católico, configurado com Cristo pela graça da sua ordenação, “casa” com a Igreja, que é a sua esposa, não apenas mística mas também real e existencial, na medida em que lhe exige uma entrega exclusiva e total.
Há tempos ouvi na rádio uma conhecida balada, em que se repetia um refrão que é aplicável ao celibato sacerdotal: “eu não sou de ninguém, eu sou de todo o mundo e todo o mundo me quer bem”. Nem mais: para ser de todos e para todos é preciso não ser de ninguém em particular. É o que também me dizia um amigo quando, dando-me as Boas Festas, desejava felicidades para a minha família que, acrescentava com inspirada eloquência, “somos todos nós”.Mas há mais. Os inimigos do celibato sacerdotal obrigatório são muito mais generosos do que se pensa pois, não satisfeitos com dar uma mulher aos padres, querem dar-lhes duas: a esposa e … a sogra!

Publicidade gratuita: 23 Março 4f


(para ler melhor: clica na imagem)

sábado, 19 de março de 2011

Solenidade: 19 de Março dia de SÃO JOSÉ

Ora pro Nobis
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Sexta-Feira de Quaresma (II)


Mais um livro, porque é sexta-feira de Quaresma. O livro escolhido para a segunda sexta-feira dia 18, é um livro que todos os católicos, desculpem o que eu queria dizer era todas as pessoas, devem ter: Catecismo da Igreja Católica.
É com o Catecismo que eu vou conhecer a minha Igreja, a minha fé.
Todas as pessoas sabem e querem falar da Igreja, "porque o Papa disse isto..." ou o "Padre António da paroquia de cabeceiras de baixo disse aquilo...", mas depois pergunta-se "já leu o catecismo? Sabe o que realmente disse o Papa?"
Pois é, mesmo para os críticos ateus, eu aconselho lêem o catecismo, para saberem do que falam e depois conseguirem criticar (ou não). Mas aviso o que normalmente acontece é converterem-se.
Ter toda a doutrina de fé compilada num livro é realmente obra e muita Graça de Deus, como não aproveitar, folhear, procurar, querer saber... Eu tenho o catecismo (compêndio) na mesa de cabeceira, por vezes antes de me deitar tento responder a muitas duvidas, sobre a vida, a concepção do Amor humano, a liberdade, o pecado... O Catecismo mata a sede.
Não há casas católicas sem o Catecismo, não há almas católicas sem conhecerem a sua fé.
A Quaresma é uma boa altura para isso.
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Nem precisa gastar dinheiro:

Obrigada por me esclarecerem que o crucifixo está de acordo com os Direitos Humanos

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem ratificou a sua sentença de Novembro de 2009, ao sentenciar que a presença de crucifixos nas escolas públicas italianas não viola a educação nem a liberdade de pensamento e religião.
A nova sentença, definitiva e inapelável, que foi aprovada com 15 votos a favor e 2 contra, assinala que a Itália não infringe a Convenção Europeia dos Direitos Humanos e encontra-se dentro dos limites no exercício no que ao ensino diz respeito das suas no que à educação se refere, ao manter os crucifixos nas escolas públicas.
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(Fonte: ‘El Mundo’ com tradução de JPR - Spe de Deus)

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