sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um simples e prático Balanço de 2010 e um desejo de um Feliz 2011

Livro do Ano de 2010

A Luz do Mundo - Pela excelente qualidade do entrevistaste e claro, porque fala de preservativos.

Acontecimento do Ano 2010

Entre muitas crises, tristezas, alegrias, futebol, musica, mineiros... para mim entre outras visitas foi sem duvida a Viagem Apostólica do Santo Padre a Portugal, a maneira como foi recebido, a alegria no azul que vestiu a cidade de Lisboa, o Eu Acredito, rezar o terço em Fátima, dormir na Avenida dos Aliados. Trouxe esperança e isso é o que mais precisamos.
"Contigo Caminhamos na Esperança - Sabedoria e Missão" (tema)

Filme do Ano 2010

O filme que me marcou mais, e impressionou os meus amigos católicos, ateus, agnósticos ou simplesmente híbridos por rebeldia, foi o francês - "Des hommes et des dieux". Não só fala do tema actual da relação do homem com Deus, mas também fala da relação do Islão com o Ocidente.

Homem do Ano 2010

Ernâni Lopes (1942-2010), foi o melhor ministro das finanças, um homem de valore(s). Um exemplo para a nossa elite politica.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen - Raquel Vaz Pinto

Em continuação do ultimo post, esta foi uma das minhas ultimas aquisições e pela qualidade da autora será de certo uma óptima leitura, mas arrepiante por esta China.

Será que o Partido Comunista Português leu isto?

Quanto mais estudo mais penso que a cegueira intelectual é pior que a própria cegueira, não querer ver a verdade é de uma falta de honestidade para si e para a sociedade, é tremendo. Ao ler este artigo do jornal publico intitulado: Quando a China desceu ai inferno, sobre o Grande Salto em Frente, a terrível desumanização de um país, em 4 anos pelo menos 45 milhões de mortos, dos seus próprios cidadão, ausência de direitos e de qualquer dignidade humana, campos de morte piores que os dos nazis e etc de horrores.
Como é possível ficar indiferente ao prémio Nobel da Paz de 2010? Como é possível defender isto em nome de uma ideologia? Não sei, mas perguntem ao PCP.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Coisas perigosas


Meus amigos racionalistas, não foi a religião, não foi uma ideologia e muito menos eu a dizer uma coisa destas, foi um estudo, uma investigação norte americana sobre a felicidade a debitar tais conclusões: Estudo norte-americano diz que casais que esperam pelo nó para iniciar vida sexual são mais felizes.
Vá sigam a razão.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Este homem era surdo

Impressionante! Maravilhoso!

A esmola do presidente da EDP

O artigo chama-se "O Fato usado do presidente" é de Zita Seabra, retrata bem os neo-fariseus, a esmola da nossa elite, a ler nesta época de Natal.
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Três dias antes do Natal, assistia calmamente ao Telejornal da RTP1 quando vi a grande notícia da noite. Entre os atentados em Bagdade e as agências de rating, uma voz off anuncia o que as câmaras filmam: o presidente da maior empresa pública portuguesa a levar dois saquinhos de papel com roupa usada e um brinquedinho (usado) para uns caixotes de cartão, cheios de coisas usadas para oferecer no Natal. Fiquei comovida. Que imagem de boa pessoa, que gesto bonito: pegar num fatinho usado do seu guarda-vestidos que deve ter uns 200 e num pequeno brinquedo de peluche, e depositar tudo no caixote de cartão para posteriormente ser redistribuído? À administração da empresa? Não, a notícia explica que é para oferecer aos pobrezinhos, que estão a aumentar com a crise. A RTP, Telejornal à hora nobre, filma o comovente gesto. Em off, o locutor explica o sentido dizendo que alguém vai ter no sapatinho um fato de marca. Olhando para os sacos de papel, percebe-se que esse alguém também receberá umas meias usadas e talvez mesmo uma camisa de marca usada.
Primeiro, pensei que estava a dormir e um pesadelo me fizera voltar ao tempo de Salazar, à RTP a preto e branco ou à série da Rita Blanco «Conta-me como foi».
Mas não, eu estava acordada e a ver o presidente da EDP no Telejornal da RTP 1 (podem ver o filme na net) posar sorridente para as câmaras, a levar um saquinho a um caixote, que não era de lixo, mas de oferta. Por acaso, estava à porta da EDP a RTP a filmar o gesto. Iam a passar e filmaram, certamente, porque para os pobres os fatos em segunda mão de marca assentam como uma luva. Um velhinho num lar de Vila Real vestido Rosa & Teixeira sempre é outra coisa. Ou o homeless na sopa dos pobres com Boss faz outra figura, ou o desempregado com Armani numa entrevista do fundo de desemprego... Mentalidade herdada do Estado Novo, foi a minha primeira análise, teorizando imediatamente que os ricos em Portugal, os que recebem prémios de milhões em empresas públicas e ordenados escandalosos e que puseram o mundo e o país como se vê, são os mesmos com a mesma mentalidade salazarenta. Mas nem é verdade, pois, mesmo nesse tempo, as senhoras do regime organizavam enxovais novos nas aulas de lavores do meu liceu para dar no Natal aos pobres que iam nascer.
Tantos assessores de imprensa na EDP, tantos assessores na Fundação EDP, milhões de euros gastos em geniais campanhas de marketing, tantas cabeças inteligentes diariamente pagas para vender a imagem do presidente da EDP, tudo pago a preço de ouro, e não concebem nada melhor do que mandar (!?) filmar, no espaço do Telejornal mais importante do país, um gesto indigno, triste, lamentável, que envergonha quem vê. Não têm vergonha? Não coraram? E a RTP que critérios usa no Telejornal para incluir uma notícia?
Há uns meses escrevi ao presidente da EDP e telefonei-lhe mesmo, a pedir ajuda da empresa para reparar a velha instalação eléctrica, gasta pelo uso e pelo tempo, de uma instituição, onde vivem 40 adultas cegas e com deficiências e que têm um dos mais ricos patrimónios culturais do país. A instituição recebeu meses depois a resposta: a Fundação EDP esclarecia que esse pedido não se enquadrava nas suas atribuições. Agora percebi. Pedia-se fios eléctricos, quadros eléctricos novos e lâmpadas novas. Devia-se ter escrito ao senhor presidente da maior empresa (pública) portuguesa, com os maiores prémios de desempenho, cujo vencimento é superior ao do presidente dos Estados Unidos, para que oferecesse uma lâmpada em segunda mão, que ainda acendesse e desse alguma luz. Talvez assim mandasse um dos seus motoristas, com um dos geniais assessores de imprensa e um dos fantásticos directores de marketing, avisar a RTP (a quem pagamos uma taxa na factura da luz) para virem filmar a entrega da lâmpada num saquinho de papel.
2011 anuncia-se um ano duro para os portugueses e sê-lo-á tanto mais quanto os responsáveis pelo estado a que se chegou não saírem da nossa frente.
Zita Seabra
(Fonte: JN online)

Não é fácil explicar isto a uma criança

domingo, 26 de dezembro de 2010

Ainda Natal!

(postal de Natal 2010 de Sua Santidade o Papa)
"Deus precedeu-nos com o dom do seu Filho. E, sempre de novo e de forma inesperada, Deus nos precede. Não cessa de nos procurar, de nos levantar todas as vezes que o necessitamos. Não abandona a ovelha extraviada no deserto, onde se perdeu. Deus não se deixa confundir pelo nosso pecado. Sempre de novo recomeça connosco. Todavia espera que amemos juntamente com Ele. Ama-nos para que nos seja possível tornarmo-nos pessoas que amam juntamente com Ele e, assim, possa haver paz na terra.!" Papa Bento XVI Missa do Galo Natal 2010

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Anuncio vos uma grande alegria

عيد ميلاد مجيد

عيد ميلاد مجدFeliz Natal, em Árabe, porquê? Para não esquecermos como o Menino Jesus ainda passa frio na mesma terra onde nasceu, como os cristão do médio oriente sofrem pela sua religião, principalmente nesta época, no Iraque, Paquistão, Índia, etc... (basta ir ao site da Ajuda a Igreja que Sofre).
Meus caros, ainda existe mártires, no verdadeiro conceito da expressão. Admiro estes homens.
Se Jesus voltasse a nascer em Belém de certo seria recebido por armas.
Neste Natal não se esqueçam daqueles que sofrem pelo Amor, pelo Menino, pelo Jesus.
Um Santo Natal para todos os leitores deste blog, obrigada pelas visitas, pelos erros corrigidos, pelas ideias. E se num dos comentários, acho que pejorativo, compararam este blog com um salão do Vaticano (com bastante piada) eu reutilizando a ideia, espero que seja mais como a gruta do Menino Jesus de Belém, que tenha sido com luz, calor e alegria.
UM SANTO NATAL! OBRIGADA!

O nascimento

É Natal porque o Menino nasceu, nesta época custa mais ler isto: Há 53 abortos legais todos os dias em Portugal, há 3 anos à por dia 53 bebés, crianças, homens que deviam nascer, crescer viver e legalmente são interrompidos (?) da maior e melhor oportunidade das suas vidas: viver.
Não seria 53 vidas fáceis, de certo, a vida não é fácil à partida, mas seriam 53 vidas, tristezas, alegrias, choro mas também risos, e rir até doer a barriga, felicidades, imagino que dali podia nascer o economista que acabasse com a crise de mercado, ou o cientista que descobrisse uma fonte de energia totalmente verde ou o futuro prémio Nobel da literatura e se calhar com um livro sobre a vida da sua mãe.
Na wikipédia lê-se: "A palavra 'natal' do português já foi 'nātālis' no latim, derivada do verbo 'nāscor' (nāsceris, nāscī, nātus sum) que tem sentido de nascer. De 'nātāl"
Feliz Natal!
Já agora para quem não lê a Biblia: "Segundo o Evangelho de Mateus, Jesus nasceu pouco antes da morte do rei Herodes, o Grande. Antes de morrer, Herodes mandou matar os meninos de Belém até aos 2 anos, de acordo com o tempo que apareceu a "estrela" aos magos. Nessa ocasião, o menino Jesus teria cerca de 2 anos."

Boas Festas (pelo 31 d' Armada)


Oh Oh Oh

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Eu tenho o estandarte na minha janela

Diálogo entre o Pai Natal e o Menino Jesus
Foi numa esquina qualquer que se encontraram o Pai Natal e o Menino Jesus. Enquanto aquele se preparava para trepar um prédio, com o seu saco às costas, este último, recém-nascido, descia à terra e oferecia-se inerme, num pobre estandarte, que cobria uma mísera janela.
- Quem és tu, Menino – disse o velho – e que fazes por aqui?! É a primeira vez que te vejo!
- Sou Jesus de Nazaré e ando há vinte séculos à procura de uma casa que me receba e, como há dois mil anos em Belém, não há quem me dê pousada.
- Pois não é de estranhar! Não vês que vens quase nu?! Porque não trazes roupas quentes, como as que eu tenho, para me proteger do frio do inverno?
- O calor com que me aqueço é o fogo do meu amor e o afecto dos que me amam.
- Eu trago muitos presentes, para os distribuir pelas casas das redondezas. E tu, que andas por aqui a fazer?
- Eu sou rico, mas fiz-me pobre, para os pobres enriquecer com a minha pobreza. Eu próprio sou o presente de quem me acolher. Não vim ensinar os homens a ter, mas a ser, porque quanto mais despojada é a vida humana, maior é aos olhos do Criador.
- E de onde vens e como vieste até aqui? Eu venho da Lapónia, lá para as bandas do pólo norte.
- Eu venho do céu, de onde é o meu Pai eterno, e vim ao mundo pelo sim de uma virgem, que me concebeu do Espírito Santo.
- Que coisa estranha! Nunca ouvi falar de ninguém que tenha nascido de uma virgem e assim tenha vindo ao mundo! E não tens nenhum animal que te transporte para tão longa viagem, como eu tenho estas renas?
- Um burrinho foi a minha companhia em Belém, e foi também o meu trono real, na entrada triunfal em Jerusalém.
- Um burro?! Não é grande coisa, para trono de um rei…
- O meu reino não é deste mundo e a sua entrada é tão estreita que os meus cortesãos, para lá entrarem, se têm que fazer pequeninos, porque destes é o meu reino.
- E que coisas ofereces? Que tesouros tens para dar? Que prometes?
- Trago a felicidade, mas escondida na cruz de cada dia; trago o céu, mas oculto no pó da terra; trago a alegria e a paz, mas no reverso das labutas do próprio dever; trago a eternidade, mas no tempo gasto ao serviço dos outros; trago o amor, mas como flor e fruto da entrega sacrificada.
- Pois eu trago as coisas que me pediram: jogos e brinquedos para os miúdos e, para os graúdos, saúde, prazer, riqueza e poder. Mas, por mais que lhes dê, nunca estão satisfeitos!
- A quem me dou, quer-me sempre mais na caridade que tem aos outros, porque é nos outros que eu quero que me amem a mim.
- Mais um enigma! De facto, somos muito diferentes, mas pelo menos numa coisa nos parecemos: ambos estamos sós, nesta noite de consoada!
- Eu nunca estou só, porque onde estou, está sempre o meu Pai e onde eu e o Pai estamos, está também o Amor que nós somos e estão aqueles que me amam.
- Bom, a conversa está demorada e ainda tenho muitas casas para assaltar, pela lareira, como manda a praxe.
- Eu estou à porta e bato e só entrarei na casa de quem liberrimamente me abrir a porta do seu coração e aí cearei e farei a minha morada.
- Pois sim, mas eu vou andando que já estou velho e cansado …
- Eu acabo de nascer e quem, mesmo sendo velho, renascer comigo, será como uma fonte de água viva a jorrar para a vida eterna.
O velho Pai Natal, resmungando, subiu ao telhado do luxuoso prédio, atirou-se pela chaminé abaixo e desapareceu.
Foi então que a janela onde estava o estandarte se abriu e uma pobre velhinha de rosto enrugado, como um antigo pergaminho, beijou o reverso da imagem do Deus Menino, que estremeceu de emoção. A seguir, encostou a vidraça, apagou a luz e, muito de mansinho, adormeceu. Depois, o Menino Jesus, sem a acordar, pegou nela ao colo e, fazendo do seu pendão um tapete mágico, levou-a consigo para o Céu.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
* Os primeiros cristãos chamavam dies natalis, ou seja, natal, ao dia da sua morte, porque entendiam que esse era o dia do seu nascimento para a verdadeira vida.

A Voz da Verdade, 19Dez2010

E tu?


Outro dia estava numa festa/ chá das 5h/ jantar/ ceia e, claro, veio à conversa Deus, o Papa, preservativos e, imaginem, o código canónico.
É mesmo engraçado como a santidade pode terrivelmente incomodar um ateu ou agnóstico, não deixa de ser uma incoerência, porque quem não acredita, deve não acredita mesmo por isso deveria ser indiferente se a outra pessoa quer ou não ser Santa, desde que essa mesma pessoa seja um cumpridor da lei temporal porquê implicar a com a sua luta ascética? Não deveria ser tema da esfera privada? Isto retrata, sobretudo, uma inquietação na nossa sociedade fraquinha.
Somos medianos, até podemos ser bons mas não Santos e o que falta é Santos! O pior é que nós estamos habituados a transportar as nossas limitações pessoais, numa forma de mitiga-las, para todos os outros seres humanos, por isso somos descrentes da santidade. Também não deixa de ser uma boa desculpa, o pensamento de Hobbes, tipo "isto são coisas primitivas[humanas] impossíveis de mudar".
Não queremos o meio, queremos o melhor, o bom, a santidade.
Goethe escreveu: " Não há maior consolação para a mediocridade do que o facto de o génio não ser imortal" O que acontece e que irrita estes ateus ou agnósticos é que os Santos são verdadeiramente imortais.

Para o Natal nada melhor que fazer apostolado, querem ajuda? Oiçam a musica:

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O fim da lentidão

Já estou na minha linda ilha, na minha cidade do Heroísmo. Visto que durante o Verão relatei a epopeia das passadeiras da rua da Sé, sinto-me obrigada a dizer que finalmente as obras que duraram toda as minhas férias de Agosto, já terminaram.
O meu obrigada à Câmara Municipal por me proporcionar um Natal sem transito, mas por favor peçam ao pai Natal uma boa gestão.

Recebê-Lo com toda a honra e toda a glória

"Natal mostra-nos onde se esconde a grandeza da Deus: num estábulo, numa gruta. "Deus humilha-Se para que possamos aproximar-nos d’Ele, para que possamos corresponder ao seu Amor com o nosso amor" (S. Josemaria, Cristo que passa, 18).

P

O artigo é pertinente ou não seria do Padre Gonçalo, chama-se: "Os três "P" e São Jack, o estripador"
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Sempre que Bento XVI se refere a temas de moral sexual, os media prestam-lhe uma enorme atenção.


Quando havia padres e polícias com fartura, dizia-se que a capital do Minho era a cidade dos três "p" porque, aos dois digníssimos ofícios já citados, havia que acrescentar a impropriamente chamada "mais antiga profissão do mundo". A polémica, a propósito da entrevista concedida por Bento XVI, também se poderia designar pelos três "p" que a resumem: Papa, preservativos e prostitutos.
Quanto ao Papa, já está tudo dito, mas talvez não seja ocioso recordar que, sempre que Bento XVI se refere a temas de moral sexual, os media prestam-lhe uma enorme atenção, que não lhe dispensam quando apela para causas maiores, como a paz, a pobreza, a fome ou a perseguição dos cristãos na Ásia, por exemplo. Dir-se-ia que algumas pessoas, que têm o seu importantíssimo umbigo um pouco descaído, não querem outra coisa deste Papa e da Igreja que não seja uma bênção para os seus maus costumes ou, pelo menos, um condescendente silêncio para as suas vidas licenciosas.
Em relação aos preservativos, pouco mais há a dizer. Do ponto de vista moral, nada mudou, nem podia mudar. Mas os falsos profetas embandeiraram em arco, para saudarem o que o Papa não disse, mas eles gostariam que tivesse dito. Há quem pense que, mais do que a lei de Deus, a doutrina da Igreja ou a palavra do Papa, o que importa é a opinião pública, que manipulam a seu bel-prazer. E, fatal como o destino, há sempre alguns pusilânimes que caem no logro, muito embora há muito se tenha dito que nada de novo há debaixo do sol.

A grande novidade é a utilização, por um Papa, do termo "prostituto", porque deve ter sido a primeira vez que tal aconteceu. Aliás, o uso do preservativo só foi tolerado em relação aos profissionais desse degradante ofício, não porque uma tal prática possa ser moralmente aceite, mas porque, em certos casos, pode impedir um mal maior, como seria o contágio de uma doença mortal.
Se o entrevistador tivesse questionado Bento XVI sobre um "serial killler" que hesitasse entre utilizar a bomba atómica ou um punhal, é provável que o Santo Padre dissesse que, nesse contexto, seria preferível a segunda hipótese porque, mesmo sendo moralmente condenável, seria socialmente menos prejudicial. Uma bomba atómica pode causar milhares de vítimas, num só instante, enquanto um consciencioso e diligente criminoso que mate à navalhada só consegue realizar, no mesmo espaço de tempo, uns quantos homicídios.
Claro que, se Bento XVI expressasse publicamente este óbvio veredicto moral, é certo e sabido que, de imediato, as televisões e jornais noticiariam "com gáudio magno" que, finalmente, o Papa aprovava o esfaqueamento de inocentes, prática antiquíssima e muito na moda em certos ambientes, mas que sectores mais conservadores da Igreja ainda repudiam. E a "boa" notícia - que abriria finalmente as portas da Igreja a muitos profissionais do crime, que dela estão actualmente excluídos - seria decerto festejada pela máfia, pela camorra, pelos terroristas, pelos narcotraficantes e em todas as prisões, pelo menos com o mesmo regozijo com que se supõe que foram recebidas as recentes declarações sobre o preservativo nos prostíbulos masculinos, únicos antros em que o seu uso, ainda que ilegítimo, foi tolerado.
Por ter feito o grande favor de usar uma faca, e não uma arma mais mortífera, a humanidade deveria estar agradecida ao benemérito assassino em série que, em pleno século XIX, semeou o terror em Londres. Se pega a moda de confundir o mal tolerado com o bem permitido, quem sabe se, na próxima visita pontifícia à Grã-Bretanha, não se exige ao Santo Padre que canonize Jack, o estripador?! Licenciado em Direito e doutorado em Filosofia. Vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O casamento tem destas coisas


"E, claro, de Patrícia – a sua mulher desde há 45 anos: “Ela faz tudo e faz tudo bem. Defende o meu tempo. Faz e desfaz as malas. É tão generosa que quando julga que me critica faz-me o maior dos elogios: ‘ Mário, a única coisa para que serves é para escrever’”. Mário Vargas Llosa, discurso na entrega do prémio Nobel

o mundo é assim

Aqui está a chover e um frio de rachar, no Brasil está a começar o Verão.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Por alguma razão há tantas luzes na cidade

Das melhores coisas de viver em Lisboa, é a oportunidade de sair numa tarde de inverno, com um frio de rachar, com luvas gorro e um cachecol que parece um manto, andar pela baixa que está mais bonita, cheia de efeitos de Natal, de luzes e de pessoas, famílias.
Passear, ver montras de livros, beber um café.
Entrar em São Nicolau, Santíssimo exposto, poder fazer oração diante Dele, do Menino.

Já sei o que fazer com os nosso desempregados

Podem trabalhar no serviço de call center da TAP? Porque se ficamos mais de uma hora à espera, ou pelo menos, tentar que atendem a nossa chamada em vão, é porque à falta de pessoal. Se não podem trabalhar na distribuição da refeição no avião.
Começo a achar que a TAP tem poucos empregados e muitos gestores.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

dia 14 de Dezembro



"O mais leve movimento de uma alma animada de puro amor é mais proveitoso à Igreja do que todas as demais obras reunidas." São João da Cruz

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Uma história de Amor

(Foto: Avó Minha, a minha mãe, e o avô Xico)

Hoje dia da Mãe, da Nossa Senhora podia falar aqui de Maria, da Anunciação, da pureza ou da oração. Mas hoje, dia 8 de Dezembro, vou dedicar-me a outra mulher.
Neste dia fazem anos de casados os meus avós maternos. A minha família sempre foi muito família, almoçávamos ao domingo todos juntos numa mesa enorme e confusa, tios, primos, irmãos, pais e avós a maioria tinha vindo da Missa a outra maioria tinha acabado de acordar depois da noitada de sábado. Havia sempre doce e salada de fruta no final, as conversas eram de esquerda de direita, de musica e de filmes, do trabalho de risos e de tristezas, muitas vezes pouco perceptíveis quando havia uma necessidade de darmos a nossa importante opinião, interrompíamos e atropelávamos a opinião pouco importante dos outros.
Era confuso, mas a melhor palavra para descrever é que era Alegre. A grande recordação não era de todo a comida maravilhosa ou as limonadas feitas na hora, era daquela cabeceira, lá estavam o meu avô e a minha avó, sempre, o avó Francisco e a avó Margarida, que os netos carinhosamente chamam somente avó Minha, porque todos queremos tê-la.
A minha família sempre foi muito matriarcal, tal como a Sagrada Família, mas com uma Margarida daquelas era impossível não sê-lo, a avó minha é uma mulher forte e determinada uma referência na minha vida, mas sobretudo esta avó é um exemplo de santidade! Agradeço muito porque realmente vivo com uma Santa na minha casa, teve cinco filhos educou-os de uma forma tão livre que todos eles são diferentes e seguiram caminhos diversos, mas a preocupação ainda hoje são constante.
A minha avó Minha é uma mulher linda, não só pela sua bondade que é tão pura, que nunca me levou a pôr em questão a bondade humana, ou nunca precisei de Rousseau para nada, agradeço a bondade porque neste sentido foi uma educação muito protegida, mas como ela é lindíssima tem uma pele macia e os olhos claros, azul agua, da qual eu nunca vi uma expressão de fúria mesmo quando nós fazíamos as piores asneiras lá em casa. Nunca brigava, por isso eu queria passar a maior parte dos meus dias na casa dos avós, e quando ficava de castigo era praxe, "não vais lá para cima", cheguei mesmo a fugir pela janela do meu quarto, que da para um enorme quintal e depois lá estava a varanda da casa dos avós, um lugar fantástico e não só porque havia sempre chocolates escondidos em lugares secretos e o meu avô não sabe guardar segredos, se é que me entendem.
A minha avó teve cancro, foi como um terramoto na família, lembro-me muito bem desse dia, e a avó Minha saiu da consulta determinada, "eu vou lutar pela vida", outra coisa não se esperava, talvez porque ela ame tanto a vida, os filhos, o marido que não podia deixar-se ir. "Se eu morrer quem vai cuidar do teu avô?" Sofreu e sofreu muito, lembro-me de cada momento, quando foram com ela escolher perucas, lembro-me de lhe pegar a mão quando raparam-lhe o cabelo, que não servia de nada, ela mesmo careca era linda, lembro-me na sala de quimioterapia, estava sempre preocupada com os outros, lembro-me das dores que tinha quando chegava-se a noite e lembro-me de como ficava zangada quando o meu tio obrigava-a a comer brócolos misturados com soja e mirtilos, perguntava-me sempre, "vocês não querem ir ao McDonalds?"
Apreendi mais sobre a vida naqueles dias do que em muitos anos, aprendi sobre o amor e sobre o sofrimento, lembro-me de ela ter dito "é pelos teus tios e pela tua mãe", a visão mais cristã do sofrimento eu tive ali, aquela doença era por Amor.
O meu avô apaixonou-se por ela desde o primeiro momento que a viu, hoje ele esta doente por vezes com falta de memoria mas conta sem fim esta história, começa sempre, mas sempre da mesma maneira: "Dita, acreditas no Amor à primeira vista? Pois foi assim que eu me apaixonei pela tua avó! Ia na rua da Sé quando a vi e disse eu vou casar com aquela mulher, filha do Doutor Aires, homem de boas famílias, aristocrata e eu era republicano e pobre, mas casei!"
Por isso acredito no Amor, e no Amor à primeira vista, acredito sobretudo na entrega, no casamento mas no casamento para toda a vida, mesmo que alguns bloquistas queiram-me dizer o contrário, desculpem mas para mim não é anacrónico é de hoje é entre o avó Francisco e a avó Minha, não é conservador é bem moderno, é o Amor.
Hoje venceu o cancro, só tem marcas, tem dores profundas. Mas quando acorda pergunta logo pelo avô, pois ele tem uma doença degenerativa, afectou algumas partes motoras e do raciocínio menos a parte do "amor à primeira vista", é preciso ter paciência, é difícil lidar com uma pessoa doente, mas a Minha está sempre lá, é a que aguenta melhor e com mais força, é que lhe dá a mão, é que está sempre ao lado, mesmo com as suas dores e limitações, põe o marido em primeiro lugar em tudo, sempre foi assim os outros. Pode não estar bem mas diz, "rezem é pelo avô, ele é que precisa!"
Hoje vê-se uma geração que não sabe tratar dos seus doentes, não sabe lidar com o sofrimento, é horrível estar alguém ao nosso lado que sofre, que se queixa, que se suja, que se esquece, mas o Amor supera tudo e é esta a verdadeira dignidade do ser humano. Não me venham com outras tretas. A dignidade do homem é também sofrer, e ter uma mão ao seu lado.
Costumo dizer que o minha fé vem da fé da minha avó, ela que reza o terço vai a Missa quase todos os dias (quando tem forças, o que me faz pensar e eu que tenho forças porque não vou todos os dias?) e que tinha um grande amor ao João Paulo II (até vejo muitas parecenças entre os dois), a minha avó ensinou-me a amar Jesus, a beijar a cora do espírito Santo antes de me deitar, a pedir pelas almas do purgatório a rezar o terço e a salve rainha. Ela foi o meu apoio nas minhas crises de fé, ela não me deixou afastar da Igreja, a ela devo muito, mesmo muito.
Mas não foi só pela doutrina, foi pelo exemplo.
Como não poderia acreditar no Amor depois disto.
Rezo para não ser só o nome que me faça igual à Maria Margarida à avó Minha.

Alguém pode passar um atestado à estupidez?

Hoje quando fui gastar mais dinheiro em medicamentos, visto que de graça só os preservativos, apercebi-me de uma das novas medidas do Estado, é proibir que preço dos medicamentos apareçam nas suas respectivas caixas.
Isto têm algum cabimento na cabeça de alguém??? Já todos nós sabemos do poder do loby da farmácia, mas um caciquismo assim tão declarado é gozar com a nossa cara.
A ministra Ana Jorge em vez de andar por ai com diarreias verbais devia mas é estar a proteger os nossos doentes, principalmente os idosos que nesta matéria são os mais fracos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Porque estamos na Novena

"Dá-me aquilo que ordenas, ordena-me aquilo que queres" Santo Agostinho

O Estado paga (só a alguns)

Sinto-me bastante descriminada. Hoje, depois de ter gasto imenso dinheiro na farmácia chego a casa e leio isto:

Espreitar pela fechadura é feio

O caso Wikileaks em primeiro lugar foi uma vergonha para a diplomacia e os serviços secretos americanos. Como é que o país mais poderoso deixou-se invadir desta forma?
Em segundo lugar, considerar isto um serviço ao bem da humanidade é que é uma verdadeira estupidez, uma estupidez que tem de ser punida. Para a existência de um Estado é necessário haver o ius tratum, ius bellum. Desde sempre os Estados tiveram diplomacia, assumindo de certo uma evolução histórica. Ou seja, desde sempre que os Estados tiveram um serviço secreto. Quando estamos em casa a nossa forma de falar torna-se menos formal e mais enquadrada nos nossos interesse, assim são os Estados, num formato mais agressivo. Eu não quero ter ninguém na minha janela a ouvir o que tenho para contar à hora de jantar, e você? Mas se for a conversa do presidente Norte Americano, temos este direito?
Entrar nos ficheiros secretos de um pais e denunciar os comentários diplomáticas não é um acto alturista é um crime.
Agora pergunto porque que estes salvadores da humanidade não o fizeram com o Irão ou com a Coreia do Norte? De certeza que seria documentos mais excitantes e "bombásticos", porque comparar o Putin com o Batman ou falar da forma de estar de Berlusconi não é novidade.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Dia 3 de Dezembro


“Perguntei a Angiró se os japoneses se tornariam cristãos se eu fosse com ele ao seu país e ele respondeu-me que eles não o fariam imediatamente, mas que primeiro me fariam muitas perguntas para saberem o que eu sabia. Acima de tudo, que eles quereriam saber se a minha vida corresponderia ao meu ensinamento”. São Francisco Xavier

Um grande homem


Uma das melhores palestras que já assisti foi do Professor Ernâni Lopes. O tema era maçador o Tratado de Lisboa, mas muito podia esperar do orador Também sobre a Europa, mas foi naquela meia hora que mais apreendi sobre a vida, a aceitação da doença, a luta, a fé, o medo, a morte e por fim o Céu. Isto tudo ao seu estilo inteligente e humorado, como se não tivesse a morrer.
Que exemplo, que clareza de ideias, uma homem extraordinário, um ministro das finanças corajoso, inteligente, educado e pertinente esta foi uma das maiores perdas da elite politica nacional, que tanto faz-nos falta gente boa, como ele, ou seja foi mais uma perda para todo o país. Lembro-me destas suas palavras: "Não quero morrer mas estou preparado para morrer".

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

É preciso de entender que não é só politica é vida

"Os bispos têm o dever de emitir um juízo moral também sobre coisas que afectam a ordem política, quando o exigirem os direitos humanos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas." Papa Bento XVI

Porque estamos na Novena


"Purificando-te dos teus preconceitos e desembaraçando-te da mentalidade que te engana, torna-te um homem radicalmente novo" Carta Diogoneto

Para pensar no dia mundial da LUTA contra a SIDA

O Artigo é da Inês Teotónio Pereira para o Expresso e chama-se:

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Será que alguém pode pôr um preservativo no nariz da Margarida Martins?

Há duas maneiras de agir contra a propagação da SIDA em África: distribuir preservativos e fazer o que a Igreja Católica faz.

Inês Teotónio Pereira (www.expresso.pt)


A primeira é fácil mas ineficaz: distribuir preservativos é o mesmo que tratar com água uma gangrena ou tentar curar um cancro com aspirinas. Os resultados estão à vista e não são precisos mais argumentos. Combater a SIDA em África à custa dos preservativos é como disputar com uma bisnaga um duelo de pistola: é estúpido.

A Igreja Católica sabe disto melhor que ninguém: é a única instituição que verdadeiramente sabe do que fala porque trabalha no terreno, conhece os casos, as pessoas, as aldeias, as cidades, a miséria, os costumes e as crenças. Trabalha com todos, não só com os católicos, e em todos os países, que são quase todos anticatólicos. E trabalha no terreno há década e décadas: antes do Bairro Alto lisboeta ter nascido, já a Igreja tinha percebido a dimensão da tragédia.

Enquanto a Igreja trabalha no terreno, o pessoal do mundo civilizado tem insultado a Igreja Católica porque o Papa - este, o anterior, o anterior ao anterior e todos os outros - não mandaram distribuir preservativos como quem distribuí leite num campo de refugiados. E não o acusaram, por exemplo, de ser ineficaz no combate, nada disso: acusaram a Igreja de ser cúmplice. E porquê? Porque a Igreja optou, imagine-se, por estar com as pessoas, viver com elas, dar-lhes formação sobre a sexualidade, apoiá-las antes, durante e depois da doença e tratar cada caso como um caso. Uma trabalheira. E considerou sempre que o preservativo, no meio desta trabalheira, é apenas um recurso, não é uma doutrina.

Esta semana fez notícia o que o Papa disse numa entrevista que resume a estratégia de combate: "A mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias. (...) Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade".

Uma trabalheira