sábado, 28 de março de 2009

Playboy



Podem achar que é do meu carácter conservador, e citarem o meu anacronismo na maneira de pensar, mas antes que elaborem qualquer critica digo que isto não me incomoda de todo pela a minha ortodoxia, porque nunca me envergonhei do nu e nunca poderia deixar de apreciar Botticelli. Isto afecta sim a minha condição de mulher, a minha maneira de ver o feminismo. De que como a mulher é altamente instrumentalizada para o prazer do homem, como submetem a sua intimidade e se vendem por tão pouco.
O mais grave de tudo é que nos fazem crer que isto é uma emancipação da mulher, que isto é liberdade. Mas eu penso, num tempo que se fala imenso da desigualdade, como é que uma das formas mais vil de domínio do homem sobre a mulher pode ser considerado liberdade? Para se vender um carro utiliza-se (sim utiliza-se) uma mulher nua, como uma material, como um pedaço de carne.
O corpo humano é talvez das coisas mais belas e mais dignas e deve ser apreciado. O corpo tem uma complexidade tão rica, por detrás de uma cara está sempre uma alma, uma história, um sofrimento, um grande amor e isto não é um chouriço ou uma posta de carne, uma pata de porco, ou uma coelhinha, é uma vida irrepetivel, incomparável, única e sagrada.

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