quinta-feira, 4 de junho de 2009

Eu sempre pensei que a legalização da prática do aborto fosse resolver o problema da crise


Imagem tirada de aqui: O inimputável

8 comentários:

Antonio Lains Galamba disse...

atraso económico é diferente de atraso moral... longe de mim defender o sr engenheiro, mas neste caso ele tem razão... e, como sabem, eu é que sei! :P

Dita disse...

Legalizar a prática do aborto resolve o problema da crise moral??? Nada mais antagónico, dos últimos tempos, isto é tipo tentar comer maionese com feijão. Sim podemos entra naquela discussão sem fim, típica das vésperas do dia 11 de Fevereiro de 2007. Mas tudo está na ambiguidade da Dignidade Humana, e da concepção dessa própria vida. O problema é mesmo relativismo, mas tanto não, não vamos fazer do aborto o bem moral, já se cai no ridículo!!!!
Entretanto acabo com a frase de um irmão de uma amiga minha, “Por último, não nos esqueçamos de pensar com calma que quando falamos do aborto estamos sempre a fazer referência a algo que é para os outros. Nós somos um embrião que foi respeitado. (Pe. Rodrigo Lynce de Faria), já agora, O texto completo é optimo.

Antonio Lains Galamba disse...

maragarida: nunca disse ser a favor do aborto... não é isso que está em causa... e V. sabe, mas ainda assim usa argumentação falaciosa...
gosta muito de citar padres... conheço muitos que foram responsáveis por muitas gravidezes, e respectivos abortos... mas isso é outra história... conheço muitíssimo bem a igreja que professa. acredite...
não misture as coisas... já agora, tem consciência que o número de abortos diminui desde fevereiro de 2007, nao tem??? (E NAO ME VENHA COM OS NUMEROS DOS REALIZADOS LEGALMENTE QUE ESSES, OBVIAMENTE AUMENtaram... os clandestinos é que diminuiram em muito maior numero... ja ouviu falar de planeamento familiar e educação sexual??? não, claro, acha que isso deve ser só para os depravados, claro...)

Antonio Lains Galamba disse...

ja agora: conheço uma mulher que abortou. infelizmente viu-se obrigada a isso. nao tinha dinheiro, foi obrigada a ir a um desses «currais». hoje nao pode ter filhos. nao seria melhor o aborto ter sido realizado em condições??? ou isso é só direito das mulheres com dinheiro??? esta era a discussão antes do referendo. nunca o ser a favor ou contra a pratica do aborto. sejamos serios... conheço quem, por ter muito a perder (economicamente) na sua despenalização, tenha feito acérrima campanha contra a mesma... línguas de pau...

Dita disse...

Caro António, realmente a sua militância é extraordinária. Pela segunda vez diz que eu utilizo argumentos falaciosos, o que me dá a entender que você não sabe o significado das próprias palavras ou seja utiliza a mesma ambiguidade como quando fala de conceitos ( e ai o problema torna-se mais grave).
Na realidade não diz que é a favor do aborto, mas, pelos vistos, é a favor da legalização da interrupção (termo outra vez mal utilizado) voluntária d gravidez ou seja da legalização do aborto.
Mas neste comentário não se limita só por isto, utiliza argumentos subjectivos, sem concretização nenhuma e pior totalmente baixos, critica de forma mal educada e rude.
Na verdade eu vejo um aborto como um aborto, seja ele feito ilegalmente ou não, mas nunca deixa de ser um aborto, filosofia meu caro, mais precisamente a lei da não contradição uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo. Se um aborto é mau, não se torna bom consoante as condições económicas e sociais. Eu entendo-o, porque a maior parte da juventude está emanada pelo mesmo relativismo.
Não vejo um aborto como uma solução, por isso não cruzo os braços e tal como a maior parte das pessoas que conheço da campanha do não, contribuo para o trabalho extraordinário de associações de solidariedade social, criadas e mantidas por essas mesmas pessoas (do Não). O que faz delas merecedoras de um máximo respeito, tanto por si como pela sociedade. Mandar bitaites e historinhas de novelas qualquer um faz, mas arregaçar as mangas....
Para além de me chamar mentirosa ainda tem o desplante de comparar os seus conhecimentos da minha Igreja, deve ter um barómetro teológico muito bem apurado, é engraçado que nunca tenha falado comigo sobre o tema, ou melhor que nunca tenha falado comigo, apesar de nos termos cruzado algumas vezes na FCHS. Sei que o sei tio era um padre e pelos vistos com alguma tanta relevância, mas meu António não utilize exemplos pontuais para generalizar uma população, que isso é típico da infantilidade intelectual. Já Karl Popper, autor que aconselho a não ter medo de ler, disse “nem todos os cisnes são brancos”. Na verdade, está a atacar, novamente, numa forma extremamente mal educada, que ultrapassa a ironia ou a piada politica porque tem um fundo totalmente mal intencionado para um grupo de pessoas que fazem da sua vida uma entrega, e não digo que sejam todos eles Santos, porque não são ( e se conhecesse tão bem a Igreja, provavelmente já deve ter lido algum mutuo próprio do Papa sobre o assunto), são pecadores porque são todos eles homens.

Já agora foi a minha Igreja que eu professo, que me ensinou a ver cada homem com o maior respeito e dignidade, seja ele quem for, de que raça for, de que cor de olhos tiver etc...
É com esse respeito que não vejo os homens como depravados (como se refere), porque é a minha Igreja que me ensina a procurar ter sempre um sentido de justiça baseada na virtude caridade, para a manutenção de uma coisa maravilhosa a DIGNIDADE HUMANA.
Desta forma aceito os seus comentários, mas pedia que fosse mais moderado nas palavras, um simples conselho para o seu próprio bem, pois isto é coisa que se tem vindo a notar pela blogosfera.
E fico com pena que tenha juízes de valores sobre uma pessoa que nem conhece, mas faz à partida destes comentários serem irrelevantes.
E sem querer me prolongar mais aconselho também, já que diz ser um conhecedor, a ler a Doutrina Social da Igreja.
Não tenho vindo a responder a todo que escreve porque ando muito ocupada não só com a faculdade e se assim o fizesse perdia o pouco tempo que tenho para escrever no blog. Obrigada.

Antonio Lains Galamba disse...

cara margarida: passou rapidamente a ofensa pessoal, suponho que por má interpretação das minhas palavras. se a ofendi peço, honestamente, as mais humildes desculpas.
vamos por partes ( e se preferir terei muito gosto em tomar um cafe consigo, honestamente):
diz ser um argumento falacioso ser a favor da despenalização do aborto. pois bem: o que eu sei é que proibindo, mantendo a situação anterior, ha mais abortos e mais mulheres vitimas «dos currais» onde, ilegalmente eles se praticam (e enchem os bolsos A UNS quantos). é disto que falamos quando falamos de despenalização... o argumento que usa, porque toca o que de mais profundo existe em cada ser, é, desculpe a insistência, falacioso e falta à verdade. é um caminho desviante embora baseado numa verdade que muito prezo e respeito.
2- julga-se detentora de uma superioridade moral, utilizando conceitos que atira para cima da argumentação dos outros... mal educado e rude... claro, porque discordo de si. O que é certo é que por aqui, discussão politica e social há muito pouca e, quando a proponho, sou conotado com valores de baixeza e má educação - cá para mim penso é que existe pouca vontade de discutir na realidade (muito em voga pela maioria de alienados que existem nao so na sua religião como no seu partido).
3- o aborto nao é realmente uma solução. por isso não cruzámos os braços e, através de referendo (desculpe!) inserimo-lo no serviço nacional de saúde (já que está do lado dos mais frageis e oprimidos, como diz entrelinhas, que tal criticar abertamente o seu partido pelo facto de ser, junto com o ps sem d, o principal responsavel pela privatização - e consequente elitização - do serviço nacional de saúde (ate à sua privatização considerado um dos melhores da europa).
4- quanto ao arregaçar as mangas: cuidado com o etnocentrismo... embora - segundo diz - nos tenhamos cruzado pela fcsh (na verdade se a vir não a reconheço, e olhe que tenho pena - e gostava de emendar a situação com um café um destes dias) isso não pode fazer de si juíza na causa dos meus valores. você não sabe que batalhas travo eu e a discussão deve remeter-se para os assuntos que aqui debatemos (escolhidos por si, alias. se quiser debater um escolhido por mim, passe em www.cravodeabril.blogspot.com).

Antonio Lains Galamba disse...

5 - o meu tio era padre e bispo, mas isto nao foi para aqui chamado. quando refiro conhecer bem a igreja que professa, digo-o porque durante dez anos vivi com muita proximidade (explico-lhe no dia do cafe :) )Agradeço que não volte a referir-se ao meu tio, nao por tirania minha, mas sim porque é um morto muito recente que me traz magoa na lembrança.
6- infantilidade intelectual encontro eu por estes sítios. por isso venho cá divertir-me. se pedir com educação e sem arrogância que tão bem a caracteriza, juro não passar mais por estas bandas. perco uma boa gargalhada, tamanho o vazio intelectual e politico deste espaço (que tal mudarem o nome ao sitio???) mas faço-o por respeito - se não a si, a outros bloguers que aqui vao escrevendo (e ja agora dizer, que ainda é quem vai mantendo algum nível nisto, e não apenas tiradas bafientas a salão de vaticano).
7- não acredito no pecado, desculpe. mas mesmo que acreditasse naõ seria de opinião que a leitura de alguma coisa fosse o seu contrário. conheço popper. melhor conhecesse você também godelier, mauss, marx, leach (entre muitos outros que abordam a materia) - por certo nao teria tanto excesso de etnocentrismo de de prepotencia intelectual (que rima com infantilidade, embora esta ultima tenha ate muito de positivo na formação ideológica dos homens).
8 - a igreja que professa ensina uma coisa e faz outra: olhe os miseraveis que existem por roma (so exemplo) enquanto assistimos ao luxo do vaticano. aconselho-a a ler os miseráveis. terá um bom exemplo de humanidade na igreja. pena ser romance - e olhe que nao generalizo, conheço muita gente boa, muita mesmo, e com boas obras dentro da igreja católica - como penso ser o seu caso, honestamente) os homens nao precisam (apenas ) de caridade! precisam de direitos! igualdade, justiça, democracia - coisa que a sua igreja - ao contrario dos ensinamentos de cristo - sempre lhes negou - olhe o caso da SANTISSIMA inquisição!
9 - sobre a doutrina social da igreja : veja la quem tem sido um dos grandes investigadores e autores sobre tal... Bispo D. antónio dos Reis Rodrigues... pois... imagine que tenho-a muito bem lida. por isso consigo ver tao bem a distancia que vai daquilo que pregam ate às suas obras...
10 - quanto aos comentários da blogosfera... não sei ao que se refere... mas nao se preocupe. aqui e em todo o lado, assumo o que faço e ao que digo. tanto que nao tenho nenhum problema em discuti-lo consigo. nao se esconda por de trás de suspeições para, através delas, me acusar de alguma coisa.

cumprimentos. honestos. ate ja :)

cornucópia disse...

Morcélita, Margarida Benedita, Dita, POR FAVOR: qd aprenderás a discutir ideias que não concordas ou não queres compreender sem ofenderes os outros ou deturpares o sentido às coisas? Tens de ser mais humilde. Não és burra, por isso só posso pensar que, na maioria das vezes, tens a chamada "teimosia burrical", como dizia o meu pai qd uma coisa se metia pelos olhos dentro e as pessoas continuavam a dizer o contrário. A favor ou contra (eu sempre fui a favor da legalização do aborto, como bem sabes)tens de perceber a necessidade q existia em legalizar o aborto. O mesmo já se deveria ter feito com as drogas. Não podemos continuar a fingir que não sabemos as desgraças que todos vimos a ceú aberto. Reflecte mais e cita menos os outros, senão pareces um papagaio sem ideias próprias. Não te ofendas nem venhas dizer que tb não discutes este assunto comigo. já te descartaste de falarmos sobre religião/igreja.