sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Livro do Ano de 2010
Acontecimento do Ano 2010
Filme do Ano 2010
Homem do Ano 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
A Grande Muralha e o Legado de Tiananmen - Raquel Vaz Pinto
Será que o Partido Comunista Português leu isto?
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Coisas perigosas
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
A esmola do presidente da EDP
domingo, 26 de dezembro de 2010
Ainda Natal!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
عيد ميلاد مجيد
O nascimento
Boas Festas (pelo 31 d' Armada)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Eu tenho o estandarte na minha janela
E tu?
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
O fim da lentidão
O meu obrigada à Câmara Municipal por me proporcionar um Natal sem transito, mas por favor peçam ao pai Natal uma boa gestão.
P
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Quando havia padres e polícias com fartura, dizia-se que a capital do Minho era a cidade dos três "p" porque, aos dois digníssimos ofícios já citados, havia que acrescentar a impropriamente chamada "mais antiga profissão do mundo". A polémica, a propósito da entrevista concedida por Bento XVI, também se poderia designar pelos três "p" que a resumem: Papa, preservativos e prostitutos.
Quanto ao Papa, já está tudo dito, mas talvez não seja ocioso recordar que, sempre que Bento XVI se refere a temas de moral sexual, os media prestam-lhe uma enorme atenção, que não lhe dispensam quando apela para causas maiores, como a paz, a pobreza, a fome ou a perseguição dos cristãos na Ásia, por exemplo. Dir-se-ia que algumas pessoas, que têm o seu importantíssimo umbigo um pouco descaído, não querem outra coisa deste Papa e da Igreja que não seja uma bênção para os seus maus costumes ou, pelo menos, um condescendente silêncio para as suas vidas licenciosas.
Em relação aos preservativos, pouco mais há a dizer. Do ponto de vista moral, nada mudou, nem podia mudar. Mas os falsos profetas embandeiraram em arco, para saudarem o que o Papa não disse, mas eles gostariam que tivesse dito. Há quem pense que, mais do que a lei de Deus, a doutrina da Igreja ou a palavra do Papa, o que importa é a opinião pública, que manipulam a seu bel-prazer. E, fatal como o destino, há sempre alguns pusilânimes que caem no logro, muito embora há muito se tenha dito que nada de novo há debaixo do sol.
A grande novidade é a utilização, por um Papa, do termo "prostituto", porque deve ter sido a primeira vez que tal aconteceu. Aliás, o uso do preservativo só foi tolerado em relação aos profissionais desse degradante ofício, não porque uma tal prática possa ser moralmente aceite, mas porque, em certos casos, pode impedir um mal maior, como seria o contágio de uma doença mortal.
Se o entrevistador tivesse questionado Bento XVI sobre um "serial killler" que hesitasse entre utilizar a bomba atómica ou um punhal, é provável que o Santo Padre dissesse que, nesse contexto, seria preferível a segunda hipótese porque, mesmo sendo moralmente condenável, seria socialmente menos prejudicial. Uma bomba atómica pode causar milhares de vítimas, num só instante, enquanto um consciencioso e diligente criminoso que mate à navalhada só consegue realizar, no mesmo espaço de tempo, uns quantos homicídios.
Claro que, se Bento XVI expressasse publicamente este óbvio veredicto moral, é certo e sabido que, de imediato, as televisões e jornais noticiariam "com gáudio magno" que, finalmente, o Papa aprovava o esfaqueamento de inocentes, prática antiquíssima e muito na moda em certos ambientes, mas que sectores mais conservadores da Igreja ainda repudiam. E a "boa" notícia - que abriria finalmente as portas da Igreja a muitos profissionais do crime, que dela estão actualmente excluídos - seria decerto festejada pela máfia, pela camorra, pelos terroristas, pelos narcotraficantes e em todas as prisões, pelo menos com o mesmo regozijo com que se supõe que foram recebidas as recentes declarações sobre o preservativo nos prostíbulos masculinos, únicos antros em que o seu uso, ainda que ilegítimo, foi tolerado.
Por ter feito o grande favor de usar uma faca, e não uma arma mais mortífera, a humanidade deveria estar agradecida ao benemérito assassino em série que, em pleno século XIX, semeou o terror em Londres. Se pega a moda de confundir o mal tolerado com o bem permitido, quem sabe se, na próxima visita pontifícia à Grã-Bretanha, não se exige ao Santo Padre que canonize Jack, o estripador?! Licenciado em Direito e doutorado em Filosofia. Vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
O casamento tem destas coisas
o mundo é assim
sábado, 18 de dezembro de 2010
Por alguma razão há tantas luzes na cidade
Já sei o que fazer com os nosso desempregados
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Vocação:
Para que se saiba: Chistmas stars wiht Christ
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
dia 14 de Dezembro
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Uma história de Amor
Era confuso, mas a melhor palavra para descrever é que era Alegre. A grande recordação não era de todo a comida maravilhosa ou as limonadas feitas na hora, era daquela cabeceira, lá estavam o meu avô e a minha avó, sempre, o avó Francisco e a avó Margarida, que os netos carinhosamente chamam somente avó Minha, porque todos queremos tê-la.
A minha família sempre foi muito matriarcal, tal como a Sagrada Família, mas com uma Margarida daquelas era impossível não sê-lo, a avó minha é uma mulher forte e determinada uma referência na minha vida, mas sobretudo esta avó é um exemplo de santidade! Agradeço muito porque realmente vivo com uma Santa na minha casa, teve cinco filhos educou-os de uma forma tão livre que todos eles são diferentes e seguiram caminhos diversos, mas a preocupação ainda hoje são constante.
A minha avó Minha é uma mulher linda, não só pela sua bondade que é tão pura, que nunca me levou a pôr em questão a bondade humana, ou nunca precisei de Rousseau para nada, agradeço a bondade porque neste sentido foi uma educação muito protegida, mas como ela é lindíssima tem uma pele macia e os olhos claros, azul agua, da qual eu nunca vi uma expressão de fúria mesmo quando nós fazíamos as piores asneiras lá em casa. Nunca brigava, por isso eu queria passar a maior parte dos meus dias na casa dos avós, e quando ficava de castigo era praxe, "não vais lá para cima", cheguei mesmo a fugir pela janela do meu quarto, que da para um enorme quintal e depois lá estava a varanda da casa dos avós, um lugar fantástico e não só porque havia sempre chocolates escondidos em lugares secretos e o meu avô não sabe guardar segredos, se é que me entendem.
A minha avó teve cancro, foi como um terramoto na família, lembro-me muito bem desse dia, e a avó Minha saiu da consulta determinada, "eu vou lutar pela vida", outra coisa não se esperava, talvez porque ela ame tanto a vida, os filhos, o marido que não podia deixar-se ir. "Se eu morrer quem vai cuidar do teu avô?" Sofreu e sofreu muito, lembro-me de cada momento, quando foram com ela escolher perucas, lembro-me de lhe pegar a mão quando raparam-lhe o cabelo, que não servia de nada, ela mesmo careca era linda, lembro-me na sala de quimioterapia, estava sempre preocupada com os outros, lembro-me das dores que tinha quando chegava-se a noite e lembro-me de como ficava zangada quando o meu tio obrigava-a a comer brócolos misturados com soja e mirtilos, perguntava-me sempre, "vocês não querem ir ao McDonalds?"
Apreendi mais sobre a vida naqueles dias do que em muitos anos, aprendi sobre o amor e sobre o sofrimento, lembro-me de ela ter dito "é pelos teus tios e pela tua mãe", a visão mais cristã do sofrimento eu tive ali, aquela doença era por Amor.
O meu avô apaixonou-se por ela desde o primeiro momento que a viu, hoje ele esta doente por vezes com falta de memoria mas conta sem fim esta história, começa sempre, mas sempre da mesma maneira: "Dita, acreditas no Amor à primeira vista? Pois foi assim que eu me apaixonei pela tua avó! Ia na rua da Sé quando a vi e disse eu vou casar com aquela mulher, filha do Doutor Aires, homem de boas famílias, aristocrata e eu era republicano e pobre, mas casei!"
Por isso acredito no Amor, e no Amor à primeira vista, acredito sobretudo na entrega, no casamento mas no casamento para toda a vida, mesmo que alguns bloquistas queiram-me dizer o contrário, desculpem mas para mim não é anacrónico é de hoje é entre o avó Francisco e a avó Minha, não é conservador é bem moderno, é o Amor.
Hoje venceu o cancro, só tem marcas, tem dores profundas. Mas quando acorda pergunta logo pelo avô, pois ele tem uma doença degenerativa, afectou algumas partes motoras e do raciocínio menos a parte do "amor à primeira vista", é preciso ter paciência, é difícil lidar com uma pessoa doente, mas a Minha está sempre lá, é a que aguenta melhor e com mais força, é que lhe dá a mão, é que está sempre ao lado, mesmo com as suas dores e limitações, põe o marido em primeiro lugar em tudo, sempre foi assim os outros. Pode não estar bem mas diz, "rezem é pelo avô, ele é que precisa!"
Hoje vê-se uma geração que não sabe tratar dos seus doentes, não sabe lidar com o sofrimento, é horrível estar alguém ao nosso lado que sofre, que se queixa, que se suja, que se esquece, mas o Amor supera tudo e é esta a verdadeira dignidade do ser humano. Não me venham com outras tretas. A dignidade do homem é também sofrer, e ter uma mão ao seu lado.
Costumo dizer que o minha fé vem da fé da minha avó, ela que reza o terço vai a Missa quase todos os dias (quando tem forças, o que me faz pensar e eu que tenho forças porque não vou todos os dias?) e que tinha um grande amor ao João Paulo II (até vejo muitas parecenças entre os dois), a minha avó ensinou-me a amar Jesus, a beijar a cora do espírito Santo antes de me deitar, a pedir pelas almas do purgatório a rezar o terço e a salve rainha. Ela foi o meu apoio nas minhas crises de fé, ela não me deixou afastar da Igreja, a ela devo muito, mesmo muito.
Mas não foi só pela doutrina, foi pelo exemplo.
Alguém pode passar um atestado à estupidez?
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
O Estado paga (só a alguns)
Espreitar pela fechadura é feio
sábado, 4 de dezembro de 2010
Dia 3 de Dezembro
Um grande homem
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
É preciso de entender que não é só politica é vida
Porque estamos na Novena
Para pensar no dia mundial da LUTA contra a SIDA
O Artigo é da Inês Teotónio Pereira para o Expresso e chama-se:
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Será que alguém pode pôr um preservativo no nariz da Margarida Martins?
Há duas maneiras de agir contra a propagação da SIDA em África: distribuir preservativos e fazer o que a Igreja Católica faz.
Inês Teotónio Pereira (www.expresso.pt)
A primeira é fácil mas ineficaz: distribuir preservativos é o mesmo que tratar com água uma gangrena ou tentar curar um cancro com aspirinas. Os resultados estão à vista e não são precisos mais argumentos. Combater a SIDA em África à custa dos preservativos é como disputar com uma bisnaga um duelo de pistola: é estúpido.
A Igreja Católica sabe disto melhor que ninguém: é a única instituição que verdadeiramente sabe do que fala porque trabalha no terreno, conhece os casos, as pessoas, as aldeias, as cidades, a miséria, os costumes e as crenças. Trabalha com todos, não só com os católicos, e em todos os países, que são quase todos anticatólicos. E trabalha no terreno há década e décadas: antes do Bairro Alto lisboeta ter nascido, já a Igreja tinha percebido a dimensão da tragédia.
Enquanto a Igreja trabalha no terreno, o pessoal do mundo civilizado tem insultado a Igreja Católica porque o Papa - este, o anterior, o anterior ao anterior e todos os outros - não mandaram distribuir preservativos como quem distribuí leite num campo de refugiados. E não o acusaram, por exemplo, de ser ineficaz no combate, nada disso: acusaram a Igreja de ser cúmplice. E porquê? Porque a Igreja optou, imagine-se, por estar com as pessoas, viver com elas, dar-lhes formação sobre a sexualidade, apoiá-las antes, durante e depois da doença e tratar cada caso como um caso. Uma trabalheira. E considerou sempre que o preservativo, no meio desta trabalheira, é apenas um recurso, não é uma doutrina.
Esta semana fez notícia o que o Papa disse numa entrevista que resume a estratégia de combate: "A mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias. (...) Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade".
Uma trabalheira