A minha odisseia pelos documentários levou-me ontem (24/10) ao
filme Chinês: Umbrella; do Realizador
Du Haibi o documentário era chato e cansativo tal como a vida daqueles escravos do capitalismo comunista.
Umbrella mostra a vidas dos trabalhadores na China, numa das zonas que produz mais guarda-chuvas no mundo. Retratando as vidas dos funcionários das fabricas, um pouco como os
Tempos Modernos de Charlot, um trabalho alienado e sistemático, retrata a solidão da vida nos campos, retrata as escolas e o ensino direccionado para ganhar dinheiro, ganhar dinheiro, ganhar dinheiro e ganhar dinheiro, retrata o exercito e a lavagem cerebral do partido e da ideologia, retrata a vida dos industriais e os sonhos de terem um carro bom...etc..
A vida é vivida a pensar no dinheiro, mas as oportunidades de ganhar mais e poder investir o dinheiro são fracas. Para mim o filme foi muito condescendente com algumas situações, nomeadamente na fabrica, muito forçosamente fecharam as luzes para os empregados saírem, mas as marcas nos rostos e nas mãos sentia-se os abusos. A fotografia do filme estava optima na verdade o esagero da imagem do guarda-chuva faz desesperar e acho que é isso que o autor queria transmitir.
Logo de seguida assisti ao mais apaixonante documentário, que veio da Alemanha
A Father's Music, é o retrato do pai realizado pelo filho,
Igor Heitzmann. O Filme está cheio de puros e belos momentos. É a história do célebre maestro titular da Orquestra de Ópera de Berlim,
Otmar Suitner, um homem com um sentido de humor refinado, um charme de quem vive da e para a arte da musica com um intelecto admirável, este maestro agora reformado devido a doença Parkinson era dotado de bons sentimentos. Com uma vida diferente Ottmar tinha duas familias, duas mulheres, uma em RDA e outra na RFA, ambas sabiam de mutua existência e ainda hoje convivem. Contada desta maneira parece uma historia estranha, e nunca poderia ser aceite mas é vivida com tanto carinho e honestidade, que nem é notória a "bigamia". No fim o maestro é convidado a dirigir novamente a grande orquestra. Por acaso tive a sorte de apanhar a conferencia do realizador/filho e perceber, não é que eu não sabia, que grandes filmes são feitos com poucos subsidios.
Encontrei uma opera de Richard Wagner dirigida por Otmar Suitner:
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